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Por Redação O Sul | 15 de abril de 2019
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve recuo de 0,73% em fevereiro na comparação com o mês anterior, segundo dado dessazonalizado divulgado pelo BC (Banco Central. As informações são da agência de notícias Reuters e da Agência Brasil.
O resultado mensal foi o segundo negativo após recuo de 0,31% em janeiro, em dado revisado pelo BC depois de divulgar contração de 0,41%. E é também a pior leitura para o indicador desde a queda de 3,1% vista em maio de 2018, quando ocorreu a greve dos caminhoneiros no País.
“Indicadores de atividade econômica conhecidos até o momento seguem sugerindo uma leve queda de 0,1% do PIB no primeiro trimestre deste ano”, afirmou o Bradesco em nota.
Na comparação com fevereiro de 2018, o IBC-Br apresentou crescimento de 2,49 por cento e, no acumulado em 12 meses, teve alta de 1,21 por cento, segundo números observados.
Em fevereiro, a produção industrial do Brasil mostrou alguma recuperação ao avançar 0,7% sobre o mês anterior, devolvendo as perdas vistas em janeiro.
Entretanto, as vendas no varejo ficaram estáveis no mês, com as compras voltadas para o Carnaval compensando perdas em supermercados e combustíveis. E o volume de serviços recuou 0,4 por cento em fevereiro, na segunda queda seguida.
O cenário permanece sendo de lentidão da economia e mercado de trabalho fraco, com cerca de 13 milhões de desempregados no país, ainda que a inflação e taxa de juros baixas proporcionem alguma expectativa de melhora do consumo.
As expectativas de crescimento para o Brasil vêm sofrendo sucessivas reduções. A mais recente pesquisa Focus realizada semanalmente pelo BC junto a uma centena de economistas mostra que a expectativa para a atividade neste ano é de crescimento de 1,95%, indo a 2,58% em 2020.
Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a estimativa de expansão da economia brasileira em 2019 a 2,1%, citando a necessidade de cortes de gastos com funcionalismo público e da reforma da Previdência para conter as crescentes despesas.
Inflação
A estimativa de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi ajustada de 3,90% para 4,06% este ano. Para 2020, a previsão para o IPCA segue em 4%. Para 2021 e 2022, também não houve alteração: 3,75%.
A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. A estimativa para 2020 está no centro da meta: 4%. Essa meta tem intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Para 2021, o centro da meta é 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. O CMN ainda não definiu a meta de inflação para 2022.