Terça-feira, 19 de março de 2024
Por Redação O Sul | 14 de dezembro de 2015
A Venezuela contará pela primeira vez com uma deputada transexual, a opositora, advogada e professora Tamara Adrián, que propõe construir a democracia “nas diferenças”, acabar com “a hegemonia” e “reativar o aparelho produtivo” sem excluir a comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) . Desde seus “3 ou 4 anos”, Tamara, à época chamada Tomás, “tinha certeza que sua identidade de gênero não correspondia com seu corpo”, no entanto, tinha mais de 30 anos quando expressou isso.
“Sendo um homem bem-sucedido em exercício do direito, me enfrentei com armas diferentes da exclusão à população LGBT”, afirmou à agência de notícias Efe. Com pai, avô e bisavô como “lutadores sociais”, a vocação de ativista foi herança familiar. Por isso, aos 8 anos, já tinha certeza que seria advogada, profissão que tenta desempenhar “sendo o mais eficiente possível”.
Tamara preside o Dia Mundial contra a Homofobia e a Transfobia e coopera em outras organizações em apoio aos grupos minoritários. Após as eleições, o cargo que Tamara começará a exercer em 5 de janeiro de 2016 será de suplente do deputado reeleito no Distrito Capital, Tomás Guanipa, o que a permitirá discursar em comissões e “casos específicos” nos quais for considerada mais capacitada.
Minorias
A deputada promove espaços para as minorias não apenas no que se refere à sexualidade. “Chegou a hora de aceitar o diferente porque a democracia se constrói na diferença e não pode ser construída na hegemonia”, onde “uma só voz é escutada e levada em conta”. (Efe)