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Mundo Primeira-ministra britânica dança em abertura de conferência

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Theresa May, subiu ao palco na conferência anual do Partido Conservador na quarta-feira (3), dançando em seu estilo inimitável. (Foto: Reprodução)

A primeira-ministra britânica Theresa May dançou no palco ao som de ‘Dancing Queen’, do grupo ABBA, antes de seu aguardado discurso na conferência do Partido Conservador em Birmingham. Na ocasião, a representante ainda apelou ao partido para que se una sob seu plano para a saída do Reino Unido da UE (União Europeia), advertindo os partidários mais críticos de que eles podem pôr o Brexit em risco.

No último dia da conferência anual do partido, que começou no domingo, May tentou unificar os membros do partido, onde sua liderança é desafiada por uma ala que defende um “rompimento duro” com a UE, liderada pelo ex-ministro do Exterior Boris Johnson. Em seu discurso, ela quis deixar claro que está no comando das negociações do Brexit.

“Se todos seguirmos em direções diferentes, cada um em busca de sua própria visão perfeita do Brexit, nos arriscamos a ficar sem Brexit nenhum”, afirmou May, alfinetando parlamentares eurocéticos que tornaram públicos seus planos alternativos para o processo. “E há outra razão para ficarmos juntos. Estamos entrando na parte mais difícil das negociações. Se ficarmos unidos e não perdermos a calma, sei que conseguiremos um tratado favorável à Grã-Bretanha.”

Segundo aprovado em referendo em 2016, o Reino Unido deixará o bloco europeu em 29 de março de 2019. Até o fim deste ano, o país precisa negociar um pacto com a UE sobre suas futuras relações com o clube europeu e sobre um período de transição, que vai até 2020.

‘Dancing queen’

Procurando desanuviar o ambiente, May ensaiou passos de dança ao som de “Dancing Queen”, do grupo sueco Abba, sendo aplaudida de pé. Ainda brincou, lembrando que sua maneira de dançar foi ridicularizada numa viagem recente à África, e lembrou um incidente na conferência conservadora do ano passado, quando seu discurso foi interrompido três vezes — primeiro por um acesso de tosse, depois por um invasor no palco e por fim pela queda de um cenário.

Foi uma recepção calorosa a uma líder cuja frágil posição no comando do partido está sob extrema pressão depois que a UE rejeitou parte de seu plano para o Brexit e críticos aumentaram o tom, pedindo que desistisse de uma vez por todas de sua estratégia para a saída do país do bloco.

Ataque aos trabalhistas

A premier também prometeu ajudar aqueles que se sentem “abandonados” e afirmou que vai acabar com a onda de austeridade levada a cabo por seu governo, após uma década de cortes de gastos. Ela atacou o Partido Trabalhista, dizendo que suas políticas — reestatização de setores como correios, ferrovias e serviços — só trariam mais impostos e fuga de investimentos do país. Para May, o líder trabalhista Jeremy Corbyn seria capaz até de “terceirizar nossa consciência para o Kremlin”.

Atacando Johnson, a primeira-ministra disse que tomar decisões sobre o Brexit é de “interesse nacional”, aludindo ao fato de que as propostas alternativas do ex-chanceler dividiriam o Reino Unido ao colocar a Irlanda do Norte sob as regras alfandegárias da UE e assim, a separariam do resto do país. A província britânica divide uma ilha com a República da Irlanda, e se tornará a única fronteira terrestre entre o Reino Unido e o bloco europeu depois do Brexit.

“Não surpreende que tivemos várias visões diferentes expressas nesta semana. Mas meu trabalho como primeira-ministra é fazer o que acredito ser melhor para o interesse nacional”, sentenciou.

Duras conversações à frente

A pressão que May vem sofrendo dentro do próprio partido ficou evidente horas antes de seu discurso, quando o deputado conservador James Duddridge afirmou que havia submetido uma carta a Westminster pedindo sua renúncia. São necessárias 48 cartas para provocar a votação de uma moção de confiança.
Mas o discurso da premier foi elogiado pelos colegas. Jeremy Hunt, ministro das Relações Exteriores, a parabenizou no Twitter por “um discurso notável, com humor e paixão, firmeza de propósito, clareza e convicção que os adeptos da UE não devem subestimar”.

Agora May e seu gabinete terão de encarar semanas de árduas conversações com Bruxelas, especialmente depois que Hunt comparou a UE à extinta União Soviética por querer “punir” membros que desejem sair do bloco. “Os fãs do Brexit estão acuados”, opina Franziska Brantner, porta-voz do partido Verde da Alemanha. “Culpar a UE não vai ajudá-los em nada.”

No front doméstico, a tarefa será igualmente difícil. Além da discórdia reinante em seu próprio partido, May enfrenta a oposição do Partido Unionista Democrata da Irlanda do Norte, que diz que não vai aceitar uma fronteira entre o país e o Reino Unido.

Mas a premier está decidida a seguir seu plano. “Esta é nossa proposta: retomar o controle de nossas fronteiras, leis e dinheiro. É bom para os empregos, para a União. Entrega o que foi decidido no plebiscito, apoiando o povo britânico”, concluiu.

 

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