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Mundo A primeira viagem do presidente dos Estados Unidos ao exterior teve início elogiado, com gestos para a paz no Oriente Médio

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Donald Trump visitou o Muro das Lamentações, na Cidade Velha de Jerusalém, em Israel. (Foto: Reprodução)

A primeira viagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao exterior teve repercussões positivas e negativas em seu país. Depois de um início – na passagem por Arábia Saudita, Israel, Cisjordânia e Vaticano – em que conseguiu modular o tom de suas intervenções e atuar de maneira equilibrada, demonstrando gestos para a paz no Oriente Médio, Trump foi criticado pelo modo como se comportou no encontro com líderes em Bruxelas, na Bélgica, na nova sede da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a aliança militar do Ocidente.

O presidente deixou o país, no dia 19, em meio à maior crise política de seu curto governo, provocada pela decisão intempestiva de demitir James Comey da direção do FBI (a polícia federal norte-americana), que investiga seus assessores por relações subterrâneas com o governo russo durante a campanha eleitoral.
O giro pelo exterior veio a calhar num momento em que os debates públicos já começavam a mencionar sem subterfúgios a perspectiva de um processo de impeachment.

A viagem não dissipou os problemas internos, que se acumulam e se agravam, mas afastou o presidente do vendaval e dividiu as atenções da mídia.

A escolha da Arábia Saudita como primeiro destino foi questionada por tratar-se de um país sob regime monárquico ditatorial e ser a nação de origem da maioria dos terroristas que atacaram os EUA em 11 de setembro de 2001 – assim como de Osama bin Laden.

Além disso, presidentes norte-americanos, antes de atravessar o oceano, tradicionalmente procuram visitar os vizinhos México e Canadá. Essa alternativa ficou improvável pela insistência no projeto de construção de um muro na fronteira mexicana e pelas divergências com a linha progressista do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau.

Donald Trump voltou no sábado à noite aos Estados Unidos, depois da uma viagem de nove dias pelo Oriente Médio e pela Europa.

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