Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 5 de abril de 2016
O primeiro-ministro islandês, Sigmundur David Gunnlaugsson, renunciou ao cargo nesta terça-feira (5) após ter seu nome citado no escândalo “Panama Papers”.
A decisão foi adotada em uma reunião de seu partido. A renúncia aconteceu horas depois de ele ter pedido a dissolução do Parlamento ao presidente do país, Olafur Ragnar Grimsson.
Na segunda-feira, milhares de pessoas protestaram em frente ao parlamento de Reykjavik para exigir a renúncia do primeiro-ministro após as revelações de que Gunnlaugsson manteve com sua esposa uma empresa em um paraíso fiscal.
De acordo com os documentos publicados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, o primeiro-ministro possuía 50% da empresa offshore até o fim de 2009. Mas, quando foi eleito deputado pela primeira vez, em abril de 2009, ele omitiu a participação em sua declaração de patrimônio.
Ter offshore não é ilegal desde que ela seja declarada às autoridades competentes.
A oposição de esquerda exigia a renúncia do primeiro-ministro depois que a investigação revelou a existência de uma offshore criada por sua esposa nas Ilhas Virgens britânicas em 2007 para administrar sua fortuna. (AG)