Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de maio de 2017
O diretor de Relações Institucionais e de Governo da JBS/Friboi, Ricardo Saud, relatou ao Ministério Público Federal que o primo do senador afastado Aécio Neves (PSDB) levou de táxi R$ 500 mil de propina supostamente destinada ao tucano da sede da empresa, em São Paulo, até Belo Horizonte. Frederico Pacheco de Medeiros, o Fred, foi preso na quinta-feira, 18, no âmbito da Operação Patmos, desdobramento da Lava-Jato.
“Entregamos R$ 500 mil para o Fred, tudo em dinheiro vivo, em notas de R$ 100. Ele pegou o táxi e voltou para Belo Horizonte”, afirmou Saud, um dos sete delatores da JBS a fechar acordo de delação premiada com a Procuradoria. Segundo ele, o pagamento foi feito no dia 5 de abril deste ano em sua sala, no terceiro andar do prédio-sede da JBS em São Paulo, na Marginal Tietê, na Vila Jaguara, na Zona Oeste da capital paulista.
Os pagamentos, segundo o delator, foi dividido em quatro parcelas de R$ 500 mil. A primeira foi recolhida na quarta-feira, 5 de abril, pelo primo do senador na sede da JBS, quando ele teria ido de avião de Belo Horizonte a São Paulo receber o dinheiro e voltado com a propina com um taxista de confiança até a capital mineira. A negociação desse pagamento ocorreu diretamente entre Aécio e Joesley, que gravou a conversa e entregou os áudios ao Ministério Público Federal.