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Brasil Prisão de segundo sargento da Aeronáutica põe a nu falhas de mecanismos de segurança

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O general Hamilton Mourão disse nesta sexta-feira que o militar Manoel Silva Rodrigues (foto) passava por problemas financeiros. (Foto: Reprodução de internet)

A prisão de um militar brasileiro com 39 quilos de cocaína, em Sevilha, na Espanha, expôs o governo Jair Bolsonaro (PSL) a um constrangimento de proporções globais. Conforme as autoridades, o segundo sargento Manoel Silva Rodrigues, da Aeronáutica, foi flagrado na escala do avião que conduzia uma equipe de apoio ao mandatário – em deslocamento, noutra aeronave, rumo a Osaka, no Japão, para o encontro do G20.

O caso, que mancha o prestígio das Forças Armadas e macula a imagem da própria Presidência da República, suscita indagações que terão de ser respondidas com presteza e transparência, sob pena de o mal-estar instaurado transformar-se em descrédito.

As declarações oficiais não têm contribuído para enquadrar o episódio no contexto de gravidade em que se inscreve. A Aeronáutica optou por uma nota protocolar, na qual “reitera que repudia atos dessa natureza” e promete prioridade na elucidação do caso.

Por seu turno, a reação do presidente interino, general Hamilton Mourão, foi prosaica – o traficante fardado seria o que chamou de “mula qualificada”, em referência ao termo que vulgarmente designa pessoas contratadas para transportar drogas ilícitas. Já o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, considerou a ocorrência “desagradável”. Segundo seu julgamento tratou-se de “falta de sorte acontecer exatamente na hora de um evento mundial”.

O presidente Bolsonaro recorreu a uma rede social para tentar desvincular o detido de sua equipe e considerar o fato inaceitável. Convenha-se que o episódio parece saído de um filme caricatural acerca de uma república de bananas – não fosse sua gravidade real.

A prisão do segundo-sargento, que já realizou 29 viagens oficiais no Brasil e no exterior, põe a nu falhas clamorosas dos mecanismos de segurança que deveriam proteger os deslocamentos do presidente e de outras autoridades. A quantidade de droga encontrada é exorbitante.

Nem mesmo se sabe se o acusado passou por inspeção antes de embarcar, dado que o inquérito corre sob sigilo. Não resta ao governo e às Forças outro caminho que não a apuração rigorosa e célere do ocorrido, incluindo eventuais conexões do militar.

Dificuldades financeiras

O presidente da república em exercício, general Hamilton Mourão, disse nesta sexta-feira (28) que o militar Manoel Silva Rodrigues passava por problemas. “O rapaz estava em dificuldades financeiras e resolveu tentar a via mais fácil. Ele se deu mal. Saibam que 39 quilos de cocaína rendem R$ 16 milhões na venda da droga”, disse Mourão.

Mourão também falou sobre a forma como os assuntos relacionados ao governo federal repercutem. Para o militar, as críticas são excessivas. “Nunca um governo brasileiro foi tão criticado em seu início como o nosso. O copo, às vezes, está meio cheio ou meio vazio. O nosso está sempre meio vazio”, reclamou o presidente em exercício, ao analisar os primeiros seis meses de governo.

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