Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 18 de maio de 2017
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou nessa quinta-feira uma nota aos integrantes da PGR (Procuradoria-Geral da República) na qual afirma que a prisão do procurador da República Ângelo Goulart Villela, que atua no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), tem um “gosto amargo” para a instituição.
Goulart Villela foi preso pela PF (Polícia Federal), na manhã dessa quinta-feira, por ordem do ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava-Jato no STF (Supremo Tribunal Federal). Ele é acusado de tentar interferir nas investigações da Operação Greenfield, que apura irregularidades em fundos de pensão. O próprio Janot pediu ao STF a prisão preventiva de Villela.
Além da prisão do procurador da República, Janot solicitou ao STF, pelos mesmos motivos, a prisão do advogado Willer Tomaz, supostamente ligado ao deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Na mensagem aos integrantes da PGR, Rodrigo Janot afirmou que a prisão do procurador da República e do advogado foi embasada em robusta documentação.
“Foi deflagrada nesta quinta-feira, 18 de maio, mais uma fase do caso Lava-Jato, especificamente a partir de investigações que correm perante o Supremo Tribunal Federal. O sucesso desta etapa, contudo, tem um gosto amargo para a nossa instituição”, declarou.
Ainda segundo o procurador-geral, Goulart Villela e Willer Tomaz são investigados “por tentativa de interferir nas investigações da Operação Greenfield” – que apura supostas irregularidades nos fundos de pensão Funcef, Petros, Previ e Postalis – e de atrapalhar o processo de negociação do acordo de colaboração premiada do empresário Joesley Batista, um dos do sócios da holding J&F, dona do frigorífico JBS.