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Por Redação O Sul | 4 de junho de 2017
O procurador-geral da República Rodrigo Janot diz que há provas de que o senador afastado Aécio Neves (PSDB) cometeu os crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça. Janot apresentou ainda denúncia por corrupção passiva contra a irmã do senador, Andrea Neves, o primo deles Frederico Pacheco e Mendherson Souza, ex-secretário parlamentar do senador Zezé Perrela, do PMDB de Minas Gerais. A denúncia surgiu a partir da delação do empresário Joesley Batista, do grupo J&F, e de gravações feitas pela Polícia Federal.
O procurador cita que em fevereiro deste ano, Andrea e Aécio pediram 2 milhões de reais a Joesley Batista. O dinheiro foi pago em quatro parcelas de 500 mil reais. Aécio foi flagrado em uma gravação combinando com Joesley que o dinheiro seria entregue a uma pessoa da confiança do senador: o primo dele, Frederico Pacheco.
O senador afastado é alvo de oito inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Cinco deles, a partir da delação de executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht, na Operação Lava-Jato. Mais dois instaurados a partir da delação do senador cassado Delcídio do Amaral e mais um, que gerou esta denúncia apresentada na sexta-feira à noite pelo procurador-geral da República. O caso vai ser analisado pelo ministro Marco Aurélio Mello e levado para a primeira turma do Supremo, que decidirá se Aécio vira ou não réu nesse processo.