Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 26 de maio de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Dirigentes de partidos andam desolados com a desistência de bons candidatos que poderiam concorrer em outubro. O principal motivo: a situação de penúria das contas municipais. As demandas crescem de forma assustadora e falta dinheiro em caixa.
Outro aspecto: a eleição de outubro deste ano será a primeira em que os partidos não contarão com doações de empresas para fazer campanha eleitoral. Desde setembro do ano passado, e em boa hora, foram consideradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal. Consequência das descobertas escabrosas da Operação Lava Jato.
AOS POUCOS
Se o presidente Michel Temer contasse agora em detalhes o que fará para estancar o déficit do orçamento, as corporações viriam às ruas para ficar. Os anúncios serão feitos em conta-gotas.
METRALHADORA GIRATÓRIA
Delfim Netto foi recebido com tapete vermelho no Palácio do Planalto durante as gestões do PT. Subitamente, passou de conselheiro a crítico: “De 2012 a 2016, a presidente Dilma fez as mais arbitrárias intervenções na Economia. Tão corajosas quanto desastrosas.”
EXCESSO DE CONFIANÇA
Politetrafluoroetileno é o nome científico da marca de fantasia Teflon, que os fabricantes usam nas panelas para não grudar nada.
Certos políticos achavam que tinham também esse revestimento. Até que a Polícia Federal entrou em ação.
SINAL DE ALARME
Quem deu importância quando o noticiário informava que o orçamento do Rio Grande do Sul, ao longo de anos, tinha déficit? Um dia ia estourar. A conta pesada apareceu.
CONTENÇÃO FORTE
A Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2017, que a Assembleia Legislativa votará na segunda semana de junho, elimina reajustes salariais não só de servidores do Executivo.
SEM SAÍDA
Os professores em greve vão se reunir segunda-feira pela manhã diante do Palácio Piratini. A pressão até agora não deu resultado. O que o governo mostra é que o cofre está vazio. Além disso, o diálogo não vai.
MUITO DEVAGAR
É preciso suplantar a burocracia: o Cadastro Nacional revela que há, no Rio Grande do Sul, 1 mil e 500 crianças em creches, aguardando adoção e mais de 6 mil famílias dispostas a abrigá-las.
BILHÕES PARA SOCORRER
A 26 de maio de 1996, foi divulgado balanço: a ajuda do governo federal ao sistema financeiro já tinha custado 21 bilhões e 100 milhões de reais aos cofres públicos. Nesse total estavam contabilizadas dívidas de instituições falidas e empréstimos especiais do Banco Central para garantir dinheiro de depósitos.
Os valores nunca mais voltaram à origem.
RÁPIDAS
* A primeira viagem de Temer, no começo de julho, será à Argentina. O governador José Sartori receberá convite.
* Os debates no plenário da Assembleia Legislativa assemelham-se cada vez mais a um Gre-Nal.
* A frase ouvida com frequência nos comitês de campanha que começam a se organizar: “Pessoal, tenho um plano.” Na hora de executar não sobra um.
* O PSDB gaúcho segue à procura de um especialista na arte de evitar discórdias.
* Cúmulo é o político que fica por longo tempo em cima do muro e, na última hora, pula para o lado errado.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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