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Por Redação O Sul | 4 de abril de 2017
Em fevereiro, a produção da indústria brasileira registrou variação positiva de 0,1% em relação a janeiro. No entanto, frente a fevereiro de 2016, a atividade fabril caiu 0,8%. Em 12 meses, a produção industrial acumula queda de 4,8%.
Nos dois primeiros meses de 2017, a indústria variou positivamente 0,3%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (04) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Setores
Na passagem de janeiro para fevereiro, as taxas positivas foram registradas em três das quatro grandes categorias econômicas e em 13 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, os principais impactos positivos foram registrados por veículos automotores, reboques e carrocerias (6,1%) e máquinas e equipamentos (9,8%), com ambos revertendo os recuos observados no mês anterior: -8,4% e -6,1%.
Outros destaques positivos sobre o total nacional vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2%), de produtos de metal (4%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,8%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (3,4%).
Por outro lado, entre os 11 ramos que reduziram a produção, o desempenho de maior importância para a média global foi assinalado por produtos alimentícios (-2,7%), que interrompeu dois meses consecutivos de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 1,8%. Outras contribuições negativas vieram de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-3,7%), de celulose, papel e produtos de papel (-5,6%), de metalurgia (-1,9%) e de indústrias extrativas (-0,5%).
Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (7,1%) e bens de capital (6,5%) apontaram os resultados positivos mais acentuados em fevereiro, com o primeiro eliminando o recuo de 4,8% assinalado em janeiro e o segundo recuperando parte da perda de 7% registrada nos meses de dezembro de 2016 e janeiro de 2017.
Frente a 2016
Na comparação com fevereiro de 2016, os resultados foram negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 17 dos 26 ramos, 46 dos 79 grupos e 53,2% dos 805 produtos pesquisados. De acordo com o IBGE, fevereiro teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior.
Entre as atividades, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-10,7%) e produtos alimentícios (-6%) exerceram as maiores influências negativas, pressionadas, em grande parte, pelos itens óleo diesel, naftas para petroquímica e gasolina automotiva, na primeira; e açúcar cristal e refinado de cana-de-açúcar, sucos concentrados de laranja, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas e rações, na segunda. (AG)