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Por Redação O Sul | 30 de setembro de 2015
A Sondagem Industrial do Rio Grande do Sul de agosto mostra que a indústria continua em queda, produzindo menos, fechando postos de trabalho e com excesso de estoques. Esse quadro mantém a tendência negativa para o setor nos próximos meses, segundo a Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul).
“A crise tem se intensificado e atingido uma maior quantidade de indústrias. O aumento da ociosidade no parque fabril, além de significar uma menor demanda por investimentos, afeta diretamente o mercado de trabalho”, afirmou o presidente da entidade, Heitor José Müller.
Conforme o levantamento da Fiergs, o indicador de produção somou 43,5 pontos, o menor nível para o mês desde 2010. O emprego (40,1 pontos) completou a 16ª queda consecutiva. Outro dado negativo foi o desaquecimento do setor mostrado pelo índice de UCI (Utilização da Capacidade Instalada), que caiu de 33,5 pontos para 32,6, afastando-se ainda mais do nível considerado usual (50 pontos). Com uma ocupação de 65%, a UCI é a mais baixa já apurada para o mês desde 2011.
O excesso de estoques de produtos finais acima do planejado (54,4 pontos) refletiu a demanda efetiva inferior à esperada pelas empresas. Para os próximos seis meses, o quadro segue marcado pelo pessimismo dos empresários e não permite prever algum alívio da situação. Com os indicadores atingindo suas mínimas históricas, as expectativas continuam projetando quedas para demanda (45,4 pontos), compras de matérias-primas (42,3 pontos) e emprego (41,5 pontos). A intenção de investimento (39,3 pontos) caiu ao menor valor desde o início da série, em novembro de 2013. A exceção foram as exportações: 53,4 pontos, indicando expectativa de crescimento.