Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 23 de dezembro de 2015
Um professor de educação física da cidade de Boa Hora, no Piauí, procurou a polícia para denunciar uma agressão supostamente cometida pelo prefeito do município, José Resende (PT). O servidor público Paulo José da Silva conta que foi mordido pelo gestor durante uma festa de formatura do ensino fundamental.
Registro do fato.
“Eu estava na festa e fui educadamente pegar na mão dele e ele embriagado já veio falando desaforado no meu ouvido, dizendo que ele é quem manda na cidade. De repente eu só me dei conta da minha orelha sangrando. Mostrei aos alunos na festa e mandei fotografar o ferimento”, relatou o professor.
Silva afirmou que o prefeito vive rotineiramente embriagado e que já teria protagonizado outros atos de agressão na cidade. A mordida foi na orelha esquerda do professor, que registrou um boletim de ocorrência na delegacia da vizinha cidade de Barras e fez um exame de corpo de delito para comprovar a agressão.
O delegado Marcelo Dias, titular da delegacia de Barras, confirmou que a ocorrência foi registrada e que tanto o professor quanto o prefeito serão intimados a prestar depoimento. Procurado pela reportagem, o prefeito José Resende negou a agressão e disse que o professor supostamente tenha se auto mutilado para incriminá-lo. O gestor petista ainda chamou o servidor público de mau caráter e falou que ele criou a situação para ganhar palanque, já que tem forte ligação com seus opositores.
Defesa.
“Eu estava em Teresina e cheguei na festa já por volta das 21h10min. Quando desfizeram a mesa de honra eu fiquei, ali, com alguns amigos e ele estava na mesa ao lado com meus opositores. Ele veio, pegou na minha mão, apertou e voltou. Depois de voltar começou a me provocar querendo que eu reagisse, mas não houve contato físico e ninguém perto de mim viu isso”, disse o prefeito.
Ainda de acordo com o gestor, o professor teria saído para uma seresta na zona rural após a festa. Resende afirmou que irá processar Silva e sustentou que ele terá de provar as acusações. (AG)