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Brasil Professores de direita do País querem se unir em associação

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Professores formaram um bloco mais ou menos coeso (antipetista, liberal na economia) em busca de um espaço mais acolhedor para discutir e elaborar planos. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

Com relatos de desprezo e maus tratos por colegas de esquerda, professores de direita de todo o País que já se reuniam em grupos virtuais estão a caminho de se tornar uma associação, a DPL (Docentes pela Liberdade).

Eles realizaram eventos nesta quarta-feira (03) em Londrina e irão em ao menos oito cidades na quinta-feira (04) para lançar oficialmente o movimento. Há programação em Brasília, Porto Alegre, Aracaju, Recife, Cuiabá, Montes Claros (MG), Viçosa (MG), Campinas (SP); em alguns outros locais, como Vitória, Rio Branco, Palmas e Natal, haverá encontros informais e jantares.

Com o impulso dado pela eleição de Jair Bolsonaro (PSL), professores formaram um bloco mais ou menos coeso (antipetista, liberal na economia) em busca de um espaço mais acolhedor para discutir e elaborar planos para aumentar sua influência sobre a universidade e, por que não, também sobre o governo.

Idealizador do grupo, Marcelo Hermes-Lima, biólogo e professor da UnB (Universidade de Brasília), afirmou que não se trata propriamente de um grupo de direita, mas pela liberdade. “O termo direita tem uma conotação ruim porque exclui quem é de centro”, disse.

Hermes-Lima, que estuda como os animais se adaptam a ambientes extremos, também tem interesse especial por cientometria, isto é, formas de medir e aquilatar a produção científica de indivíduos, instituições e até países.

Em sua avaliação, o Brasil emprega mal os recursos destinados à ciência ao dividir o bolo com quem não teria condições de produzir uma boa pesquisa. O resultado disso é, de acordo com ele, uma produção qualitativamente ruim, inferior à de países como Estônia e Arábia Saudita.

Suas críticas à pesquisa e à educação no País, cujas falhas atribui em grande parte aos governos Lula e Dilma, e seu apoio público ao novo governo nas redes sociais o tornaram uma espécie de celebridade no meio direitista. Não demorou até que outros docentes e curiosos o procurassem em busca de aconselhamento ou até para desabafar.

“A ideia do grupo nasceu em maio, depois que vi amigos escrevendo que a USP (Universidade de São Paulo) era um lugar plural, mas entra com uma camisa do Bolsonaro lá para você ver. Não estou nem falando de áreas mais radicais [humanas]. Não é um lugar plural”, afirmou Hermes-Lima.

Rafael de Menezes, professor de direito civil e juiz da 8ª Vara Cível de Recife, disse que o compromisso do DPL é “com a verdade, com o respeito às opiniões e com a valorização da família, do comércio, da liberdade de empreender e dos valores conservadores que nos trouxeram [a humanidade] até aqui”, destacou. “Estamos entusiasmados com o novo governo e podemos mostrar que não há só esquerda na universidade. Professores de direita, conservadores e liberais também têm seu espaço, e o grupo quer mostrar isso.”

Para o grupo, sempre houve um ônus ao se posicionar contra a esquerda na universidade. Diversos docentes mais próximos ideologicamente da direita e que apoiam o atual governo relatam que são alvo de piadas e de fofocas ou mesmo de ataques por parte de colegas e de alunos.

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https://www.osul.com.br/professores-de-direita-do-pais-querem-se-unir-em-associacao/ Professores de direita do País querem se unir em associação 2019-07-03
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