Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 29 de fevereiro de 2016
Professores da rede gaúcha de ensino paralisaram nesta segunda-feira (29) as atividades em várias escolas de Porto Alegre, no dia em que as aulas deveriam começar. No início da tarde, eles fizeram uma caminhada até o Palácio Piratini, sede do governo do estado, onde fizeram críticas à política educacional do governador José Ivo Sartori.
A presidente do Cpers-Sindicato, Helenir Aguiar Schürer, falou sobre os retrocessos que a educação pública vem sofrendo, como a enturmação e a possibilidade do fechamento das turmas de EJA. Ela também convocou os professores e a sociedade a fazer uma grande greve nacional nos dias 15, 16 e 17 de março e no dia 18 a Assembleia Geral que pode definir por greve. “A nossa luta agora é mobilizar. É conversar com os alunos e com os pais e dizer que o Sartori hoje tem uma dívida de 69,44% com o piso dos educadores”, concluiu Helenir.
Com a crise financeira, os professores e demais funcionários do Poder Executivo não receberam o 13º salário e um terço do valor relativo às férias. Nesta segunda-feira pela manhã, o governo depositou uma parcela do salário relativo a fevereiro e anunciou que o pagamento deverá ser completado no dia 15 de março.
Na sexta-feira (26), o secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes, adiantou que vai atrasar R$ 600 milhões em repasses e pagamentos a fornecedores. O pagamento da dívida com a União, que vem sido quitada após a data de vencimento desde abril do ano passado, será feito com atraso mais uma vez.
Na semana passada, o governo ingressou na Justiça para rever os termos da dívida cobrada pela União. Em nota, afirmou que o débito compromete, mensalmente, 13,8% da receita estadual. Os salários dos servidores comprometem 75% do orçamento estadual.