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Mundo Promotores japoneses acusaram formalmente o brasileiro Carlos Ghosn, ex-presidente da Nissan, de fraudes financeiras

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(Foto: Reprodução)

Promotores japoneses acusaram formalmente, nesta segunda-feira (10), o brasileiro Carlos Ghosn, ex-presidente da Nissan, por burlar a lei de instrumentos financeiros ao fazer declarações falsas nos relatórios da montadora. As informações foram divulgadas pela agência de notícias Kyodo.

A acusação ocorre três semanas depois de Ghosn ter sido preso por suspeitas de ter omitido parte de seu salário nos relatórios financeiros que a Nissan apresentou durante cinco anos. Supostamente, Ghosn teria deixado de declarar US$ 44,5 milhões nesse período.

Greg Kelly, diretor da Nissan que foi preso junto com Ghosn, também foi acusado, sob as mesmas alegações, por violação da lei de instrumentos financeiros japonesa. Kelly é suspeito de ter conspirado com Ghosn para omitir ganhos do executivo das autoridades no país asiático.

A Nissan também foi acusada formalmente pelas autoridades por violações financeiras. Os promotores decidiram que a montadora deveria responder por ter divulgado e submetido aos reguladores japoneses os relatórios que supostamente continham inconsistências na remuneração de Ghosn.

Ghosn, Kelly e a Nissan enfrentam uma promotoria forte no Japão, país onde 99% das acusações formais são convertidas em condenações, segundo a publicação Nikkei.

Empresários e políticos brasileiros

A Nissan suspeita que o executivo Carlos Ghosn tenha mantido relações com políticos e empresários brasileiros acusados de receber propinas e praticar corrupção, entre eles Eike Batista, segundo reportagem do jornal Financial Times. Em julho, o empresário foi condenado a 30 anos de reclusão na ação penal em que é acusado de ter pago propina ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB).

A informação veio à tona após a Nissan afirmar estar apelando à Justiça brasileira para impedir que a família de Ghosn busque itens pessoais do executivo em um apartamento de propriedade da empresa no Rio de Janeiro, usado por ele.

Compra do imóvel é investigada

A empresa considera que pode haver no local indícios de condutas inapropriadas de Ghosn. A própria compra do imóvel é investigada. A suspeita é de que fundos de uma subsidiária da empresa, que teria como função o investimento em startups, na Holanda, tenham sido usados para a compra dele e de residências no Líbano e na França para uso de Ghosn.

A família do executivo estaria disposta a retirar os itens pessoais na presença de oficiais da Justiça para garantir transparência na ação, diz o Financial Times. Pessoas próximas ao caso ouvidas pelo jornal afirmam que a relação entre Ghosn e figuras proeminentes no Brasil ainda não fazem parte dos interrogatórios pelos quais o executivo passou. Também não há acusação formal de que o executivo tenha feito negócios inapropriados com Eike.

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