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Mundo O presidente da Rússia prometeu apoio a Nicolás Maduro e criticou as ações de caráter terrorista contra a Venezuela

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Maduro e Putin em encontro nesta quarta-feira. (Foto: Kremlin/Divulgação)

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, condenou nesta quarta-feira (5) qualquer tentativa de mudar a situação na Venezuela à força ao receber o mandatário venezuelano, Nicolás Maduro, em sua residência nos arredores de Moscou. “Certamente, condenamos qualquer ação que tenha uma clara natureza terrorista, qualquer tentativa de mudar a situação com ajuda da força”, disse Putin no encontro na residência em Novo-Ogaryovo.

Após admitir que “a situação na Venezuela continua sendo difícil”, Putin destacou que a Rússia apoia os esforços de Maduro para “conseguir o entendimento na sociedade e a normalização das relações com a oposição”.

No âmbito econômico, o presidente russo reconheceu que as relações econômicas viveram “tempos difíceis” nos últimos anos, nos quais diminuíram os intercâmbios comerciais. “Mas conseguimos dar a volta por cima na tendência negativa. E neste ano já observamos um crescimento concreto”, apontou.

Maduro garantiu que a Venezuela foi vítima de “todos os tipos de agressões”, mas que o país aprendeu a lição. ”

Tenho certeza que os resultados desta reunião serão boas notícias para a cooperação entre os nossos países”, declarou o governante venezuelano.

O Kremlin destacou nesta quarta-feira que a visita de Maduro a focará, entre outros assuntos, em uma eventual ajuda econômica da Rússia à Venezuela, que atravessa uma crise econômica e social. “Neste contexto, a assistência que o governo venezuelano necessita será abordada”, disse o porta-voz presidencial Dmitry Peskov.

Maduro chegou à Rússia em viagem surpresa

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou na terça-feira (4) à Rússia em uma visita surpresa para se reunir com o governante russo, Vladimir Putin, no esforço de reforçar a cooperação econômica bilateral em tempos de crise.

“As conversas visam reforçar o desenvolvimento da associação estratégica existente entre Rússia e Venezuela. Certamente, também serão abordados assuntos concretos para o desenvolvimento dos laços comerciais e investidores e também a atual agenda internacional”, disse o assessor da Presidência da Rússia, Yuri Ushakov.

Ushakov acrescentou que ambos também falariam sobre “a cooperação técnico-militar” e que Putin confirmaria
o apoio do Kremlin à “regulação pacífica” das atuais tensões políticas na Venezuela.

“Estamos convictos que qualquer pressão externa contra o governo de Maduro é contraproducente e não contribuirá para acalmar a situação e fornecer estabilidade ao país. Também confiamos que as eleições
municipais de 9 de dezembro transcorrerão em um ambiente tranquilo, sem provocações nem violações”, disse o assessor.

Antes de viajar para Moscou, Maduro explicou que se propunha a revisar “a fundo” a cooperação durante uma
reunião de trabalho com Putin que classificou como “necessária” para Caracas.

O governante venezuelano destacou que a visita faz parte da política diplomática de fortalecer laços “com as potências emergentes do mundo”. Além de se reunir com o chefe do Kremlin, Maduro também participará do encerramento da Comissão de Alto Nível Rússia-Venezuela.

A maior petroleira russa, Rosneft, que tem muitos interesses na Venezuela, informou que participaria da reunião no Kremlin.

Opep

Ushakov explicou também que ambos os líderes abordarão a situação em torno da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), que pode voltar a aprovar nesta semana cortes na produção e tomar medidas para conter a queda dos preços, além do mercado do gás e do petróleo, aspecto “crucial” nas relações bilaterais, segundo o assessor.

A visita de Maduro à Rússia ocorre após o Catar ter anunciado que abandonará a Opep para aumentar a produção, o que já provocou um aumento dos preços do petróleo.

O assessor do Kremlin também disse que a Rússia já enviou 250 mil toneladas de trigo neste ano ao país latino-americano, que no ano passado assinou com o governo russo um acordo para o fornecimento de 600 mil toneladas de cereais.

Maduro visitou a Rússia pela última vez em outubro do ano passado, quando preparou o terreno para a reestruturação da dívida de US$ 3 bilhões.

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https://www.osul.com.br/putin-repudia-tentativa-de-mudar-situacao-na-venezuela-a-forca/ O presidente da Rússia prometeu apoio a Nicolás Maduro e criticou as ações de caráter terrorista contra a Venezuela 2018-12-05
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