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Mundo Quatro Estados norte-americanos se recusaram a enviar tropas para evitar a entrada de imigrantes nos EUA

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Migrantes irregulares aguardam em centro de processamento na fronteira do Texas. (Foto: Reprodução)

Quatro Estados americanos se recusaram a enviar tropas para a fronteira com o México, em meio a protestos crescentes sobre a controversa decisão do governo de Donald Trump em separar os filhos de imigrantes ilegais de seus pais. Colorado, Nova York, Maryland e Massachusetts disseram que não enviariam tropas da Guarda Nacional para os seviços de imigração e um deles chegou a chamar de volta agentes na fronteira.

“Não seremos cúmplices dessa tragédia humana. Diante do tratamento desumano do governo federal com as famílias de imigrantes, Nova York não irá contribuir com a Guarda Nacional na fronteira”, disse no Twitter o governador democrata de Nova York, Andrew Cuomo, nesta terça-feira.

John Hickenlooper, o governador democrata de Colorado, assinou uma ordem executiva na segunda-feira para a proibição do uso de recursos do estado “com a finalidade de separar qualquer criança dos seus pais ou tutores”, uma prática que chamou de “cruel e antiamericana”. Já o governador de Massachusetts, Charlie Baker, que também considerou a medida “cruel e desumana”, disse que não enviaria uma tripulação de helicópteros da Guarda Nacional que deveria ir à fronteira no final deste mês.

A resistência não se limita a políticos democratas. O republicano Larry Hogan, governador de Maryland, disse que não enviará membros da Guarda Nacional para a fronteira “até que essa política de separar as crianças de suas famílias tenha sido rescindida”. Hogan afirmou ainda que ordenou “o retorno imediato” de quatro membros de uma tripulação de helicópteros estacionados no estado fronteiriço do Novo México.

O governo Trump tem sido duramente criticado dentro e fora do país pelas separações de famílias, produto de uma política de tolerância zero em relação a imigrantes sem documentos. Desde o anúncio da medida no início de maio, 2.342 crianças e jovens migrantes foram separados de suas famílias, de acordo com os últimos dados oficiais.

Trump acusou a oposição democrata de causar a crise, bloqueando a reforma da imigração no Congresso. “Se você não tem fronteiras, não tem país!”, escreveu o presidente no Twitter nesta na terça-feira. Trump anunciou em abril seus planos de enviar milhares de soldados da Guarda Nacional para a fronteira, onde eles poderiam permanecer até que seu prometido muro fronteiriço fosse construído.

Rebelião Republicana

Mas Trump enfrenta críticas até mesmo de congressistas republicanos, divididos entre o apoio ao presidente e o mal-estar profundo causado pela sua política de separação de famílias imigrantes, em ano de eleição de meio de mandato.

“Eu não quero crianças sendo retiradas de seus pais. Mas quando tentamos processar os pais por virem para cá ilegalmente, algo deve ser feito, é preciso separar as crianças”, afirmou, por sua vez, o presidente em um discurso para empresários.

Trump deverá pressionar os republicanos, maioria no Senado e na Câmara dos Representantes, para votar na quinta-feira a reforma migratória. Mas, dadas as divisões internas, o resultado da votação é incerto, alertam analistas políticos.

Manifestando desconforto diante dos casos de crianças submetidas a um “sofrimento desnecessário”, várias figuras do Partido Republicano – como os senadores Marco Rubio, Ted Cruz e o número dois republicano no Senado, John Cornyn – garantiram que desejam seguir em frente com um projeto de lei que permite que as famílias fiquem juntas enquanto aguardam a audiência perante um juiz.

Outros membros do partido deixam claro o seu descontentamento diante da decisão da Casa Branca. Este é o caso de John McCain, crítico habitual do presidente. “A política cruel atual é uma afronta à decência do povo americano e aos princípios e valores sobre os quais nossa nação foi fundada”, escreveu o senador.

Neste contexto, Trump insiste que a culpa recai principalmente sobre a oposição. “Os democratas são o problema. Eles não se importam com a criminalidade e querem que os imigrantes ilegais, por mais perigosos que sejam, infestem o nosso país, como o MS-13”, tuitou o presidente americano, referindo-se a uma gangue de origem salvadorenha.

“Sr. Presidente, só o senhor pode consertar isso com um golpe de caneta”, retrucou nesta terça-feira o líder democrata no Senado, Chuck Schumer. “Jogar a responsabilidade nos outros é fácil e desonesto.”

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