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Por Redação O Sul | 11 de maio de 2017
A queda de preços que vem sendo registrada nos últimos meses já fez com que quatro das regiões pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) fechassem o mês de abril com deflação. Em março, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, o indicador oficial de inflação do País) já havia ficado negativo em duas regiões.
O resultado mais baixo foi registrado na região metropolitana de Salvador, onde os preços tiveram um recuo de 0,22%. Em Campo Grande, Belo Horizonte e Curitiba também foi registrada inflação negativa.
Os preços dos bens e serviços monitorados passaram de alta de 0,48% em março para uma queda de 0,60% em abril. A deflação do último mês foi puxada pela redução na tarifa de energia elétrica e pelo recuo no preço da gasolina.
A deflação já vem sendo detectada nos preços no atacado, em índices como o IGP-M, da Fundação Getulio Vargas, principalmente por conta da safra agrícola recorde. “A queda nos IGPs está vindo mais forte que a esperada. Pode ser que no IPCA de junho o grupo Alimentação venha com deflação”, disse o economista Márcio Milan, da Tendências Consultoria.
Pressão
O IPCA de abril, de 0,14% (menor índice para o mês desde o início do Plano Real, em 1994) só não foi ainda mais comportado porque houve pressão do encarecimento de passagens aéreas, medicamentos, ônibus urbanos, gás de cozinha e alguns alimentos. “No geral, o quadro é de alívio. E não há nada que atrapalhe o plano de voo do Banco Central”, disse o economista Daniel Gomes da Silva, do Modal Asset Management.
Consumidores
Apesar de um cenário mais positivo para o consumo, os consumidores dizem que ainda não sentiram no bolso os efeitos da inflação baixa. De maneira geral, mantiveram a estratégia de corte de gastos. (AE)