Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 7 de novembro de 2015
A queda do avião russo da empresa KogalymAvia, mais conhecida como Metrojet, no Egito, deve alimentar divergências entre norte-americanos e russos sobre o conflito na Síria e prejudicar a investigação de extremistas ligados ao EI (Estado Islâmico), de acordo com analistas. Esclarecer o que ocorreu na península do Sinai pode levar muito tempo diante de interesses políticos e militares das duas potências na guerra civil no território sírio.
Desde o começo da semana, informações extraoficiais atribuídas ao governo norte-americano por redes de TV locais divulgam a versão de que uma bomba pode ter derrubado a aeronave com 224 pessoas a bordo. A hipótese é considerada especulação pela Rússia.
Pressão
Nesse sentido, para EUA e Reino Unido, manter viva a suspeita de ação terrorista pressionaria a Rússia a rever sua parceria com o ditador sírio Bashar al-Assad. “Não interessa ao governo russo, em nome de sua estabilidade interna, explorar noticiário de retaliação a uma ação política sua. Por isso, a reação inicial tem sido explorar a questão técnica do avião. Só a companhia aérea, por razões de negócios, diz que não havia problemas”, afirmou ao jornal Folha de S.Paulo Gulnaz Sharafutdinova, professora do Instituto sobre Rússia do King’s College, em Londres (Reino Unido). Eugênio Lilli, do Departamento de Estudos de Guerra, não acha que a Rússia mudaria de tática se for confirmada a ação do EI.