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Mundo Quem instala o aplicativo escolhe abrir mão de seus dados, disse o Facebook

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“Temos dados de pessoas não cadastradas por razão de segurança”, admitiu Zuckerberg. (Foto: Reprodução)

Em entrevista nesta quarta-feira (21) em São Paulo, a vice-presidente global de Políticas Públicas do Facebook, Monika Bickert, afirmou que não se deve falar em “vazamento de dados” (data breach) da plataforma. Outros executivos do Facebook também vêm questionando a expressão –usada na manchete do Guardian que revelou o caso dos 50 milhões de contas acessadas pela Cambridge Analytica.

Nesta quarta-feira, o presidente da empresa, Mark Zuckerberg, usou alternativamente a expressão “quebra de confiança” (breach of trust), que teria ocorrido entre o Facebook e os usuários, para descrever o episódio.

Bickert, advogada que atuou no Departamento de Justiça dos Estados Unidos, disse que não houve vazamento de dados porque foram os próprios usuários que os ofereceram. “Quando as pessoas instalam aplicativos [via Facebook, como aquele usado pela Cambridge Analytica], elas fornecem os dados ao aplicativo”, afirmou. “As pessoas que instalam o app fazem uma escolha de ceder dados.”

A responsabilidade do Facebook sobre os dados, que teriam sido usados posteriormente por clientes como a campanha presidencial de Donald Trump, é um dos aspectos investigados tanto nos Estados Unidos como no Reino Unido.

“Embora essa questão específica envolvendo o Cambridge Analytica não deva mais acontecer com novos aplicativos hoje, isso não muda o que aconteceu no passado. Vamos aprender com essa experiência para proteger ainda mais nossa plataforma e tornar nossa comunidade mais segura”, afirmou Zuckerberg.

“Esta foi uma quebra de confiança entre Kogan, Cambridge Analytica e Facebook. Mas também foi uma quebra de confiança entre o Facebook e as pessoas que compartilham seus dados conosco e esperam que o protejamos. Precisamos consertar isso”, disse.

“Eu comecei o Facebook, e no final do dia sou responsável pelo que acontece na nossa plataforma. Estou falando sério sobre fazer o que é preciso para proteger nossa comunidade”, completou Zuckerberg.

Reforço de segurança

O fundador do Facebook também citou as novas medidas de segurança que serão adotadas pela rede social para evitar que empresas usem os dados dos usuários. São elas:

1- Investigação de aplicativos que tiveram acesso a grandes quantidades de informações de usuários antes da alteração na plataforma feita em 2014;

2- Realização de auditoria em apps que tiverem atividade considerada suspeita;

3- Todos os desenvolvedores terão de concordar em receber auditoria ou serão banidos da plataforma;

4- Caso sejam identificadas más práticas, uso das informações coletadas por parceiros será proibido e Facebook vai informar as pessoas afetadas – isso inclui usuários afetados no caso Cambridge Analytica;

5- Facebook vai impedir que apps não usados por mais de 3 meses acessem a dados de usuários;

6- Dados informados a um app ao fazer login será restrito a nome, foto do perfil e email

7- Desenvolvedores precisarão de aprovação e também de contrato assinado para ter acesso a postagens e dados privados de usuários;

8- No próximo mês, Facebook vai mostrar na parte superior do feed de notícia quais apps foram usados e como revogar as permissões dadas a eles.

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