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Armando Burd Quem provoca medo?

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(Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Na manchete da Folha de São Paulo, ontem, o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, declarou que não teme a possibilidade de Jair Bolsonaro ser eleito. Nem teria motivo. Para os comandantes da indústria, é suficiente o candidato garantir que não mexerá nas isenções fiscais e o apoio está garantido.

No quadro de hoje, os grandes empresários só têm medo de Guilherme Boulos, do PSOL.

Braços dados

Vale lembrar: antes de começar a campanha presidencial de 2002, dirigentes da Federação das Indústrias de São Paulo declararam que se Lula fosse eleito, eles sairiam do Brasil.

Bastou ao PT lançar a famosa Carta aos Brasileiros, em que assumiu compromisso de manter a estabilidade econômica e não subverter nenhum princípio financeiro, que os empresários logo mudaram de opinião. Alguns até votaram em Lula e passaram a apoiá-lo.

Não significava nenhuma identificação ideológica, mas apenas a garantia de interesses. Lucro não é crime e representa o objetivo final de qualquer negócio. Para os empresários, ter o benefício de não pagar alguns impostos é cláusula pétrea.

Quanto ao resto, nem estão aí. A dívida pública chegou a 4 trilhões de reais; o pagamento de juros para rolar a dívida passou de 221 bilhões de reais e a Previdência Social acumula sucessivos rombos. O que tem relevância para os grandes empresários é o cuidado com o próprio umbigo.

Olham para o umbigo

Com o conhecimento e a experiência que têm, os empresários deveriam estar próximos na busca de soluções para a crise sem precedentes do setor público. O rumo das administrações, cada vez mais catastróficas, não deve ficar apenas nas mãos de gestores, alguns desonestos, outros incompetentes.

Desproporção

Os partidos de Jair Bolsonaro, Ciro Gomes e Marina Silva terão, na soma, 82 milhões de reais do Fundo Eleitoral que atingirá de 1 bilhão e 700 milhões de reais. O MDB receberá 234 milhões; o PT, 212 milhões e o PSDB, 186 milhões.

Vem de novo

O palco da sucessão presidencial contará, pela terceira vez, com Levy Fidelix e seu bigode escuro. Desde 1984 concorreu a vários cargos sem se eleger. Em 1992, criou o PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro). Tem 10 prefeitos em todo o país, sendo três em Goiás e três no Piauí.

O site nacional do partido não registra o endereço da sede do diretório no Rio Grande do Sul. Consta apenas o número de um telefone celular com prefixo 11, de São Paulo.

Persistente

Na eleição de 2010, Fidelix obteve 3 mil e 497 votos no Rio Grande do Sul. Em 2014, saltou para 17 mil e 940. Por enquanto, há duas certezas: 1ª) entre todos os candidatos, aparecerá nos programas de TV como o da convicção mais firme de que será eleito. 2ª) nos debates, vai se tornar o autor das indagações e afirmações mais surpreendentes.

Consequência da pressa

Se o Executivo admitisse negociações em dezembro de 2017, quando a Câmara debateu o aumento do IPTU de Porto Alegre, estaria agora cobrando valores que supririam em parte a falta dos 40 milhões de reais para pagar a folha dos servidores. Era só aceitar as mudanças a longo prazo e não da forma rápida como previu o projeto, derrotado no placar eletrônico.

O que deve mudar

O Senado debaterá, a partir de agosto, a atualização das agências reguladoras. A proposta exige que todas tenham ouvidoria e encaminhem ao Congresso um plano de gestão anual.

De nada adiantará se as indicações dos conselheiros continuarem sendo políticas. Significa que entram amigos do rei. Os outros ficam na zona do sereno.

Cobram e depois…

Pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pela Associação Paulista de Medicina, apontou que 96 por cento dos pacientes com planos de saúde enfrentaram algum problema ao utilizarem serviços no estado de São Paulo. No levantamento divulgado ontem, 90 por cento dos médicos disseram que sofrem interferências das operadoras em seus trabalhos, prejudicando os pacientes.

Onde anda a fiscalização da Agência Nacional de Saúde?

Indeciso

A fábrica de alta criatividade eleitoral começou a funcionar. Arlindo Bouças não sabe se concorrerá a deputado estadual em Santa Catarina, mas o slogan está pronto: chega de malas, vote em Bouças.

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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Crise na Saúde de Pelotas afeta projeto político de Eduardo Leite
Bom senso judicial
https://www.osul.com.br/quem-provoca-medo/ Quem provoca medo? 2018-07-20
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