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Armando Burd Questão de escolha

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Segundo o Datafolha, 29% votariam "com certeza" em um nome apoiado por Lula. (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Em um hemisfério existe o país chamado Estados Unidos da América do Norte em que o poder central respeita as unidades federadas. Nunca se leu ou ouviu sobre atritos nas relações.

No outro hemisfério está proclamada a República dos Estados Desunidos do Brasil. No trono de sua capital, os sucessivos imperadores da Fazenda ditam as ordens e desrespeitam o que o Congresso Nacional aprova. Um dos exemplos é a Lei Kandir em vigor desde 1996. Sabedores de que os Estados, mesmo vivendo na penúria, são acanhados na cobrança, a União deixa o tempo passar, perpetuando o calote.

Seguindo a tradição histórica de coragem, bravura e rebeldia dos gaúchos, o governador José Ivo Sartori deveria se licenciar por 10 dias do Palácio Piratini, viajar aos estados credores, organizar as forças políticas e criar um frentão para bater com força na porta do Palácio do Planalto. Não dá mais para o Rio Grande do Sul continuar pagando 4 bilhões de reais ao ano da dívida total de 50 bilhões e a União se omitir, não repassando o que deve. Um deboche e uma vergonha.

A escolha é de Sartori: entrar para a História ou preferir a timidez.

Atestado da fragilidade

Quatro deputados federais do PSDB, que integram a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, votaram ontem a favor do prosseguimento do processo de denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. Os parlamentares são de Pernambuco, Goiás, Bahia e São Paulo. Se o governo não chamar os tucanos que ocupam ministérios para um acerto de contas, mostrará que aceita tudo, até inimigos na trincheira.

Iniciativa oportuna

O deputado estadual Altemir Tortelli fará, a partir de agora, o que deveria ser consenso entre as bancadas: exigir com muito mais frequência a cobrança dos devedores do ICMS. Não adianta fazer do grande problema uma bandeira por momentos, quando determinados projetos são discutidos. Os 44 bilhões da sonegação e da inadimplência foram cobrados dos consumidores e ficaram no meio do caminho. Quer dizer, no bolso de alguns. O cofre da Secretaria da Fazenda não viu a cor do dinheiro.

Não poderá bater

Na próxima segunda-feira, Luiz Inácio Lula da Silva começará roteiro de campanha por uma semana em Minas Gerais. Terá de se policiar nos ataques ao presidente Michel Temer. O vice-governador Antonio Andrade Ferreira é do PMDB. Ministro da Agricultura na gestão Dilma, Ferreira integrou a chapa vencedora de Fernando Pimentel, do PT, na eleição de 2014.

Olhando de fora

O Financial Times, na edição de quarta-feira, definiu: “Ascensão de Doria e Bolsonaro é reflexo de vácuo político do Brasil.” O que o jornal britânico publica tem influência entre os investidores mundiais.

Mudança

Sob clima pesado, o PMDB fará convenção nacional a 7 de novembro em Brasília. Inicialmente, estava marcada para o dia 7 deste mês, mas foi adiada em função das votações sobre mudanças nas regras eleitorais. Uma das certezas sobre o evento: não haverá fila para o tradicional beija-mão dos poderosos que têm sido atingidos por denúncias.

Igualdade

O pedido de impeachment do prefeito Nelson Marchezan Júnior foi rejeitado por 28 vereadores na Câmara ontem. O motivo que levou ao encaminhamento permanece vivo: motoristas de aplicativos como Uber e Cabify precisam pagar tributos municipais como os taxistas. Caso contrário, caracteriza-se concorrência ilegal.

Mais tempestades

O sonho no Palácio do Planalto é ter uma semana com a calmaria das marés baixas. A previsão do tempo para os próximos dias não aponta para isso.

Falando claro

Fundo Especial de Financiamento de Campanha é a denominação sofisticada para gasto esbanjado do dinheiro recolhido de impostos.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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