Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 12 de outubro de 2015
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que a aprovação do Orçamento de 2016 deve reduzir as incertezas na economia brasileira e o risco de rebaixamento do País. “O downgrade, mesmo que por uma agência, teve um efeito devastador em várias companhias”, disse o titular, se referindo ao corte da nota brasileira para nível especulativo pela S&P (Standard & Poor’s) no começo de setembro.
Na sequência do rebaixamento, várias empresas e bancos do País também perderam o selo de bom pagador pela S&P. Em geral, o efeito da perda do grau é tornar mais caro o crédito das empresas, especialmente em captações no exterior.
Desde que a decisão da S&P foi anunciada, a grande preocupação da equipe econômica tem sido sinalizar que estão sendo tomadas medidas para melhorar os indicadores da economia brasileira, o que poderia evitar um segundo rebaixamento pelas agências Fitch e Moody’s.
O ministro afirmou também que a aprovação do Orçamento de 2016 será sua prioridade nos próximos dias. “O que queremos ver é a volta do crescimento o mais rápido possível, com a expansão do crédito, com o apoio às empresas, e eu acho que o Orçamento, em uma sociedade democrática, é onde a gente caracteriza essas decisões”, disse Levy, destacando que, nas várias reuniões que teve com investidores durante a reunião do FMI (Fundo Monetário Internacional) em Lima (Peru), foi questionado sobre as discussões que tem em Brasília sobre o Orçamento.
“Os investidores queriam entender quais são as perspectivas para o Orçamento de 2016 e eu falava que estamos em discussão. A presidenta Dilma Rousseff tem deixado muito claro a importância de nós termos um Orçamento que aponte com muita robustez para alcançarmos a meta [de superávit primário de 0,7% do Produto Interno Bruto] no ano que vem”, afirmou Levy. (AE)