Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 4 de outubro de 2015
Wagner Ribeiro, empresário que cuida da carreira de Neymar, sugeriu ao pai do jogador tirar o dinheiro depositado no Brasil e colocá-lo em paraísos fiscais. O conselho gerou grande repercussão, inclusive na Receita Federal da Fazenda.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o subsecretário do Fisco, Iágaro Martins, ironizou a declaração do agente. “Achei graça. Se esse fosse o desenho das operações do jogador, todos os contratos de publicidade que ele recebe no Brasil e que fossem remetidos ao exterior, eles pagariam 25% de impostos de renda, ou seja, um valor maior do que eles pagam hoje”, afirmou Martins.
O camisa 10 da Seleção Brasileira teve o valor de 188,8 milhões de reais bloqueado há alguns dias pela Justiça. Ele é acusado de sonegar impostos entre 2011 e 2013, quando ainda defendia o Santos. Também foram constatados problemas na transferência ao Barcelona.
Polêmicas
A primeira polêmica envolve a ida do jogador para o clube catalão. Durante a transferência, um empréstimo de 10 milhões de euros (cerca de 47 milhões de reais) teria sido feito entre o Barcelona e a empresa do pai e empresário do jogador, que também se chama Neymar, a N & N Consultoria Esportiva e Empresarial, valor repassado sem qualquer garantia e juros, o que não caracteriza o empréstimo. A transferência segue sendo investigada na Espanha.
A Justiça brasileira também está de olho nos tempos em que o atacante atuava no Santos. Na época, Neymar recebia cerca de 90% de seu salário referentes a direitos de imagem, que eram pagos diretamente na conta de uma das empresas do pai do jogador, o que acarretaria em uma tributação inferior. Os valores seriam superiores se o jogador pagasse os impostos e os declarasse sobre tudo que ganhava.