Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 26 de abril de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O governo do Estado pagou 956 mil reais a uma consultoria de São Paulo para elaborar o estudo de viabilidade da nova concessão da Estação Rodoviária de Porto Alegre. O resultado seria apresentado ontem pela manhã, na audiência pública da Assembleia Legislativa sobre o tema. Às 22h de quarta-feira, o deputado Sebastião Melo, proponente da audiência, recebeu telefonema informando que a exposição estava suspensa.
Interesse
A sala da audiência pública sobre a Estação Rodoviária lotou e mais de 80 pessoas ficaram do lado de fora. Pequenos empresários que alugam lojas manifestaram preocupações com o perfil elitista que o governo pretende dar na licitação do espaço inaugurado em junho de 1970. Houve também intenso debate sobre o trânsito no entorno, problema de competência da Prefeitura.
Apressados
A irritação era visível ontem, na Assembleia, porque os secretários da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, e do Planejamento, Leany Lemos, foram à reunião-almoço da Federasul anunciar projetos, envolvendo o funcionalismo. Deputados reclamaram que deveriam ter ido primeiro ao Palácio Farroupilha para expor. Essa precipitação será um problema a mais nas votações.
Com atraso
Demorou três meses e meio para que o atual governo do Estado anunciasse como fato novo a existência de mais funcionários ativos do que inativos. Em janeiro de 1989, o Relatório Sayad, encomendado pela Fiergs, previu o que aconteceria 30 anos depois. Acertou em cheio.
Explosivo
O ministro Luís Roberto Barroso escolheu Nova Iorque para acender o pavio da dinamite: “O Supremo Tribunal Federal está sob ataque e vive um momento de descrédito porque alguns colegas atuam como obstáculo no combate à corrupção.”
Imagine-se o clima na próxima sessão de julgamento.
Consumidores no prejuízo
A CEEE ficará milionária se cobrar participação nos lucros que as fábricas de eletrodomésticos têm a cada interrupção. Nos dias seguintes, aumenta a procura por refrigeradores, equipamentos de computadores, lavadoras e roupa e aparelhos de TV, que ficam irrecuperáveis.
Complica o jogo
Dos quatro integrantes da bancada do PP na Câmara Municipal de Porto Alegre, três votarão contra o aumento do IPTU: Ricardo Gomes, Cassiá Carpes e Mônica Leal. Só para lembrar: o vice-prefeito Gustavo Paim é do PP. Vereadores de outros partidos ficam constrangidos em apoiar o projeto do Executivo.
Retomada necessária
A construção naval brasileira chegou a ter 80 mil trabalhadores diretos no auge da produção. Em Rio Grande, eram 25 mil. Hoje, não passam de 800. Esta semana, reunindo 207 deputados federais e 15 senadores, foi lançada a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Indústria Marítima. Mais uma remada para tentar sair do encalhe.
Reis do calote
Demorou mais houve a liberação da informação completa: os governos estaduais, incluindo o Rio Grande do Sul, deixaram de pagar 100 bilhões de reais no ano passado. Produtos foram comprados e serviços prestados sem que os fornecedores tenham visto a cor do dinheiro. Depois, dizem não há explicação para a quebradeira de empresas.
Descaso diante das perdas
Três meses depois da tragédia do rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho, a Câmara dos Deputados instalou uma CPI para apurar as causas, que são bem conhecidas. Falta mandar os criminosos para a prisão. Nada mais.
Só observa
O presidente do BNDES, Joaquim Levy, usa a tática do passarinho quando muda de penas: não pia. Fica quieto, observando. Quando foi ministro da Fazenda, de janeiro a dezembro de 2015, Levy era manchete um dia e no outro também.
Mais lenha na fogueira
O caldeirão vai ferver mais uma vez: o vice-presidente Hamilton Mourão concedeu entrevista ao jornal francês Le Monde, de tendência esquerdista. Com a publicação, o caldo vai entornar.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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