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Por Redação O Sul | 27 de maio de 2017
A redução no valor das contas de luz, somada à queda nos preços dos combustíveis, pode levar à primeira deflação, em 11 anos, em um mês de junho no índice oficial de inflação, o IPCA. Isso deve acontecer porque as contas de luz terão bandeira verde no mês de junho. A decisão foi anunciada na sexta-feira, pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Com a bandeira verde, a tarifa de energia deixa de ter cobrança adicional no mês que vem.
O sistema de bandeiras é atualizado mensalmente pelo órgão regulador. O aumento das chuvas em maio levou a uma recuperação dos reservatórios das hidrelétricas, contribuindo para a redução do custo da energia. A diminuição do consumo também contribuiu para a decisão.
Nos meses de abril e maio, vigorou a bandeira vermelha, em seu primeiro patamar, o que adicionava uma taxa de R$ 3,00 a cada 100 quilowatt-hora consumidos. Em março deste ano, foi acionada a bandeira amarela, com taxa de R$ 2,00 a cada 100 kWh. Em janeiro e fevereiro, vigorou a bandeira verde.
Sem a taxa extra na conta de luz, os economistas calculam que o alívio deve ser de 0,21 ponto percentual em junho. Se a redução de 5,4% da gasolina nas refinarias for totalmente repassada ao consumidor, o combustível poderá cair 2,4% nas bombas, o que deve aliviar a inflação do mês que vem em 0,1 ponto.
Como a estimativa para o IPCA de junho já era baixa, de 0,21%, de acordo com a Focus, as revisões aumentaram a possibilidade de deflação no sexto mês do ano. Seria a primeira vez que isso ocorreria em um mês de junho desde 2006, deflação de 0,21%.