Quinta-feira, 28 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Política A reforma trabalhista: o governo federal tenta se blindar junto ao Tribunal Superior do Trabalho

Compartilhe esta notícia:

A Comissão de Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho percebeu que a reforma deixou brechas e, assim, concluiu que alguns pontos não se aplicariam aos contratos antigos entre patrões e empregados. (Foto: Reprodução)

O governo montou uma estratégia para evitar que a discussão sobre a reforma trabalhista que ocorrerá no TST (Tribunal Superior do Trabalho) em fevereiro crie ainda mais ruídos sobre o tema. A preocupação é a Justiça entender que as mudanças feitas no ano passado não valem para contratos antigos. Isso poderia abrir uma crise institucional entre o Legislativo e o Judiciário. Representantes da AGU (Advocacia-Geral da União) e do Ministério do Trabalho estão em contato com as equipes dos ministros do TST para esclarecer dúvidas e identificar brechas na nova legislação antes de 6 de fevereiro, quando começam as discussões.

De tempos em tempos, o Tribunal Superior do Trabalho analisa as mudanças na lei e adapta suas súmulas, ou seja, dá orientações para que os julgamentos nas instâncias inferiores sejam mais rápidos. Em fevereiro, os ministros discutirão o que fazer com 34 súmulas depois da aprovação da reforma. E já há ruídos.

Expectativa

A Comissão de Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho percebeu que a reforma deixou brechas e, assim, concluiu que alguns pontos não se aplicariam aos contratos antigos entre patrões e empregados. Esse parecer foi dado em outubro do ano passado. No entanto, enquanto os três ministros dessa comissão analisavam o tema, o governo também se deu conta da brecha e editou uma medida provisória para esclarecer que a nova lei valeria, sim, para os contratos que estão em vigor. Isso deixou o parecer obsoleto em alguns pontos.

Há dúvidas sobre o que dirão os ministros pelo fato de a reforma trabalhista ter entrado em vigor em novembro e, em seguida, o governo ter editado uma MP que alterou pontos importantes dela, como a questão dos contratos antigos.

Umas das discussões que deve gerar polêmica é sobre horas in itinere, ou seja, o tempo gasto para uma pessoa chegar ao local de trabalho. Há casos de trabalhadores que, diariamente, têm de se deslocar para municípios vizinhos.

Emerson Casali, especialista em relações do trabalho, acredita que apenas alguns pontos devem causar polêmica entre os ministros. Mas ressalta que o importante será o posicionamento do Tribunal. Casalli lembra que a Justiça do Trabalho é tida como favorável ao empregado, não neutra. E que várias entidades de juízes do Trabalho indicaram ser possível interpretar vários pontos da nova legislação como inconstitucionais, o que deve afrontar diretamente o Legislativo.

“O próprio Legislativo ficou irritado com a postura do Judiciário e pode vir a mexer na estrutura da Justiça do Trabalho. Vamos ver se o TST terá uma postura de neutralidade”, afirmou  Casalli.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região liberou os servidores do trabalho no dia do julgamento do recurso do Lula
O grupo de trabalho da Operação Lava-Jato que investiga deputados, senadores e ministros ganhou mais um reforço
https://www.osul.com.br/reforma-trabalhista-o-governo-federal-tenta-se-blindar-junto-ao-tribunal-superior-do-trabalho/ A reforma trabalhista: o governo federal tenta se blindar junto ao Tribunal Superior do Trabalho 2018-01-12
Deixe seu comentário
Pode te interessar