Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 4 de outubro de 2015
O ministro de Defesa do Reino Unido, Michael Fallon, acusou nesse sábado a Rússia de matar civis com ataques indiscriminados na Síria, com os quais está “escorando” o regime do presidente sírio Bashar al-Assad. “Nossas provas indicam que estão lançando bombas não guiadas em áreas civis, matando civis, e estão atacando as forças de libertação sírias que lutam contra Al-Assad”, afirmou Fallon, em entrevista ao tabloide The Sun.
Ele explicou que os serviços de inteligência britânicos “analisam toda manhã onde os ataques russos acontecem, e a grande maioria deles” não está dirigida contra posições do grupo jihadista EI (Estado Islâmico). “Estão escorando Al-Assad e perpetuando o sofrimento”, declarou o ministro, que considera que as ações russas não impedem o Reino Unido de decidir, em um futuro próximo, se somar à luta contra o EI em território sírio.
Fallon sustentou que seria “moralmente errôneo” renunciar a atacar o grupo na Síria. “Não podemos deixar que aviões franceses, australianos e americanos sejam os que mantenham seguras as ruas do Reino Unido.”
Expectativa
O Parlamento britânico rejeitou em 2013 os planos do governo para atacar o regime sírio de Al-Assad, mas a expectativa é de que o primeiro-ministro David Cameron volte nas próximas semanas a propor uma intervenção na Síria. Fallon garantiu que houve progressos nas conversas com o Partido Trabalhista para conseguir uma maioria na Câmara dos Comuns, embora o líder do principal partido da oposição, Jeremy Corbyn, tenha até agora se mostrado contrário a uma operação militar.