Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 20 de julho de 2019
Após a captura de um petroleiro britânico por autoridades iranianas o Reino Unido recomendou, neste sábado (20), que os navios do Reino Unido permaneçam fora da zona do estreito de Ormuz durante um “período provisório”. De acordo com comunicado feito pelo porta-voz do governo o país afirmou estar preocupado com as ações inaceitáveis do país islãmico e reiteirou que “constituem um desafio evidente à liberdade de navegação internacional”.
Em comunicado oficial, feito pelo diretor da Organização de Portos e Navegação da província iraniana de Hormozgan, Alahmorad Afifipur, “O petroleiro chocou-se com um barco de pesca durante a sua rota e depois desse incidente era necessário perceber os motivos” explicou.
A Guarda Revolucionária iraniana informou, por sua vez, que o navio foi detido por não estar a cumprir com as leis marítimas internacionais. O navio Stena Impero, de bandeira britânico, está no porto de Bandar Abbas, no estreito de Ormuz, com os 23 tripulantes no seu interior por motivos de segurança, de acordo com os responsáveis iranianos.
De acordo com a navegadora Stena Bulk, proprietária do petroleiro, o contato com a embarcação foi perdido à tarde de ontem (19), depois de receber um aviso de que várias embarcações e um helicóptero se aproximavam do Stena Impero em águas internacionais. Outro petroleiro, o Mesdar, de pavilhão libanês e propriedade da navegadora britânica Norbulk, foi também brevemente capturado ontem no estreito de Ormuz, mas já prosseguiu viagem.
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Jeremy Hunt, tinha advertido ontem para “graves consequências” caso a situação não seja resolvida rapidamente. Estes incidentes ocorreram no mesmo dia em que o Tribunal Supremo de Gibraltar, dependência britânica no sul da Península Ibérica, estendeu por 30 dias o período de detenção do petroleiro iraniano Grace 1. O navio foi abordado no dia 4 de julho devido às suspeitas de que transportaria crude para uma refinaria na Síria, país sujeito a sanções da União Europeia, autoridades iranianas, no entanto, negaram que se dirigia ao país árabe.