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Armando Burd Remédio amargo

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O governo federal envia hoje ao Congresso Nacional novo projeto de recuperação fiscal para os Estados em dificuldades. O texto anterior foi descaracterizado na Câmara dos Deputados porque rejeitou as contrapartidas. Se os Estados não apertarem o cinto, adequando a receita às despesas, suas dívidas aumentarão e, dentro de dois anos, baterão mais uma vez à porta do Palácio do Planalto em busca de socorro.

DIFÍCIL ENTENDER

Persiste a cortina de silêncio em várias Secretarias. É ordem do Palácio Piratini. Se algum titular insistir, vem a reprimenda: quer aparecer e concorrer ao governo.

É INCORRIGÍVEL

Ao examinarem a folha de pagamentos do Estado, deputados da Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia concluem: existem muitos furos no teto. Não há quem arrume.

ORIGEM

Não apareceram ainda acusados na Operação Lava Jato, dizendo que o dinheiro em contas “é fruto de herança”. Do Tesouro Nacional, claro.

A QUEM INTERESSA?

O senador Romero Jucá disse ontem que “retirar parentes de políticos do projeto de repatriação de depósitos bancários no exterior é inconstitucional”. Trata-se da tradicional advocacia em causa própria.

PARA SOCORRER

Entre atender interesses das corporações e salvar as finanças do Estado, através de empréstimo de 3 bilhões e 500 milhões de reais, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro optou pela segunda opção. Por 41 votos a favor e 28 contrários, foi aprovado ontem projeto de lei que prevê a entrada de capital privado na Companhia Estadual de Águas e Esgotos.

CASO ESCANDALOSO

A falência das finanças do Rio de Janeiro é o retrato do que ocorre em vários Estados com desperdício, irresponsabilidade e corrupção. Não adiantaram os generosos e polpudos royalties da Petrobras transferidos para os cofres do Rio. Sucessivos governos fizeram de tudo para jogar pela janela.

FUGA DE BENEFÍCIO

Tramita no Senado, desde 2015, proposta de emenda à Constituição que proíbe a tributação de medicamentos. Não adianta aprovar sem a garantia de que beneficiará os consumidores. É costume a isenção ficar no bolso de fabricantes.

CÉREBRO E CORAÇÃO
Um pouco de Jean-Jacques Rosseau, que viveu no século XVIII: “O Legislativo é o coração do Estado e o Executivo, o cérebro, que dá movimento a todas as partes. O cérebro pode parar e o indivíduo continuar a viver. Fica com forte deficiência mas vive. Quando o coração para, ele morre.”

ESQUECIDOS

Parece sobrar dinheiro em meio à forte crise: estimativa do governo revela que 2 bilhões de reais estão fora de circulação só em moedinhas perdidas em fundos de bolsas e guardadas em cofrinhos. Até prêmio de loterias esquecem de retirar. Segundo dados da Caixa Econômica Federal, 22 milhões e 460 mil reais deixaram de ser buscados no ano passado.

RÁPIDAS

* Há tantos candidatos para o Ministério da Justiça que alguns cogitam pedir senha e garantir a entrevista.

* A 22 de fevereiro do ano passado, o juiz Sérgio Moro decretou a prisão do marqueteiro João Santana.

* Eleitores mandaram ao senador Lasier Martins a mensagem: não beba nada sem ver, não assine nada sem ler.

* A Vigilância Sanitária segue punindo os maus comerciantes que vendem alimentos estragados no Litoral Norte.

* Com menos de dois meses, muitos prefeitos aprenderam: quem anda, chega; quem corre, cansa.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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