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Brasil Renan Calheiros, presidente do Senado, troca estilo político moderado por perfil mais agressivo

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Alagoano de Murici, o senador deixou para trás, aos 61 anos, o perfil moderado que o transformou em um dos políticos mais influentes da capital federal e adotou um tom mais duro (Foto: EBC)

Considerado até pouco tempo atrás um contrapeso ao perfil agressivo de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na política de Brasília, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), passou por uma metamorfose de estilo nos últimos meses.

Às vésperas de encerrar o terceiro mandato dele na presidência do Senado, o peemedebista desafiou na última semana o STF (Supremo Tribunal Federal), desobedeceu uma liminar que ordenava que ele se afastasse do comando da Casa e ainda provocou publicamente o ministro que decidiu tirá-lo da linha sucessória da Presidência da República.

No fim das contas, Calheiros conseguiu se manter no comando do Congresso Nacional com a chancela de seis ministros da Suprema Corte, embora tenha sido proibido pelo tribunal de assumir a Presidência da República.

Alagoano de Murici, o senador deixou para trás, aos 61 anos, o perfil moderado que o transformou em um dos políticos mais influentes da capital federal e adotou um tom mais duro.

Na avaliação de colegas do Senado, o motivo da transformação e da irritação de Calheiros é o fato de ele ter se sentido acuado pela Operação Lava-Jato e também por ter se tornado réu em uma ação penal no STF acusado de peculato, ou seja, desvio de dinheiro público.

Pai de três filhos, o parlamentar do PMDB – desde 1995 no Senado – é alvo de 11 inquéritos no Supremo, dos quais oito investigam se ele se beneficiou do esquema de corrupção que atuava na Petrobras.

“Ele [Renan] estava irritado já com os inquéritos, reiteradamente abordados nos noticiários, junto com as delações. Quando ele se tornou réu, o grau de irritabilidade aumentou. Eu senti uma redução da irritação com a decisão do pleno do Supremo”, ressaltou o senador Álvaro Dias (PV-PR).

Provocações a magistrados

O cerco do Ministério Público e da PF (Polícia Federal) fez o experiente senador do PMDB – que transita com desenvoltura nos corredores dos palácios de Brasília desde o governo Fernando Collor (1990-1992) – partir para o ataque.

Em outubro, irritado com a ação da PF no Senado que prendeu quatro policiais legislativos, Calheiros chamou de “juizeco de primeira instância” o magistrado da Justiça Federal de Brasília que autorizou a operação na Casa.

Já na última terça-feira (06), ele elevou ainda mais o tom, provocando, desta vez, o ministro do STF Marco Aurélio Mello, autor da liminar que afastava Renan do comando do Senado.

Ao se queixar da decisão do magistrado em uma entrevista coletiva, Calheiros  afirmou que já “foi obrigado” a acatar liminares “piores” do ministro, entre as quais uma que o obrigou a voltar a pagar supersalários no Legislativo. (AG) 

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https://www.osul.com.br/renan-calheiros-presidente-do-senado-troca-estilo-politico-moderado-por-perfil-mais-agressivo/ Renan Calheiros, presidente do Senado, troca estilo político moderado por perfil mais agressivo 2016-12-11
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