Futebol O técnico Renato Portaluppi promete um jogo duro do Grêmio contra o Real Madrid na tarde deste sábado, pela decisão do Mundial de Clubes da Fifa

Apesar de admitir o favoritismo dos espanhóis, o comandante tricolor garante que o time está preparado. (Foto: Lucas Uebel/Grêmio)

Está tudo pronto para o duelo da tarde deste sábado entre Grêmio e Real Madrid (Espanha), que decidirá o campeão do Mundial de Clubes da Fifa (Federação Internacional de Futebol). O jogo está marcado para as 15h (horário brasileiro) no estádio Zayed Sports City, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.

O Tricolor gaúcho finalizou os preparativos na tarde dessa sexta-feira, no estádio das Forças Armadas do país árabe, com uma atividade marcada pela descontração, na qual não faltou o já tradicional rachão recreativo que costuma anteceder as partidas do time comandado por Renato Portaluppi.

Após o encerramento do treino, o técnico gremista e o atacante Luan concederam entrevista coletiva no próprio local da partida, diante de repórteres dos mais variados países. Para o ex-ponta-direita que em 1983 experimentou, como atleta, o gosto de levantar o troféu mundial após marcar os dois gols da vitória de 2 a 1 sobre o Hamburgo (Alemanha), o grupo tem todas as condições para retornar para Porto Alegre com o bicampeonato.

“É claro que existe o favoritismo do Real Madrid, mas dentro de campo são 11 contra 11 e é ali que o futebol se resolve”, garantiu Renato. “Não é só enfrentar o melhor jogador do mundo [o atacante português Cristiano Ronaldo, dono da Bola de Ouro da Fifa de 2017]. A gente vai encarar uma equipe que está entre as três melhores do mundo, mas o Grêmio também não está aqui à toa. Se chegou, tem condições.”

Diálogo

Nos dois últimos treinos, o técnico campeão da Copa Libertadores da América deste ano promoveu um bate-papo com o elenco tricolor. Por cerca de meia hora, mais uma vez ele fez valer as suas virtudes de líder motivador, que conhece como poucos o que se passa nas cabeças de seus comandados.

“Eu já conversei com meus jogadores e, qualquer que seja o resultado neste sábado, vamos sair de cabeça erguida, porque este grupo já fez muito e está garantido na história do clube”, relatou. “Vai ser difícil para o Grêmio, mas também não vai ser fácil para o adversário. “Obviamente, eu preferia pegar o Al Jazira, não vou esconder isso, afinal eu não sou maluco. Mas deu Real Madrid, tudo bem. No fundo, eu gosto de ver o meu time jogando contra os grandes.”

Um dos principais nomes do Mosqueteiro, o camisa 7 Luan – coincidentemente, o mesmo número utilizado por Renato nos tempos em que infernizava as defesas adversárias (foram 17 anos de carreira profissional como jogador, entre 1982 e 1999) – seguiu na mesma linha. Ao responder às perguntas da imprensa esportiva, o atacante reproduziu o espírito de confiança do grupo para o confronto decisivo.

“Nós treinamos durante o ano todo e temos a nossa forma de atuar, e ela não terá a mesma postura defensiva apresentada pelo Al Jazira”, frisou o atacante, em alusão aos donos da casa, que apesar de perder por 2 a 1 para os espanhóis na semifinal do torneio, saíram na frente e chegaram a colocar em risco a classificação do time liderado pelo técnico Zinedine Zidane. “Sabemos do nosso potencial”.

O Real Madrid terá Cristiano Ronaldo, recentemente eleito melhor jogador do mundo pela quinta vez, igualando-se a seu grande rival dentro de campo, Lionel Messi. Renato evita dar ao português o protagonismo de seu maior pesadelo.E enxerga outros fantasmas no adversário de amanhã no Zayed Sports City.

Renato já está de cabeça erguida. Tanto que não condiciona sua renovação de contrato ao tamanho da bola que o Grêmio fará rolar na final de sábado. “Estamos começando a conversar. A preferência é do Grêmio. Independentemente de o time ser campeão ou não, isso não vai mudar nada na nossa negociação”, disse o treinador, sondado por clubes do Brasil, China e Emirados Árabes.

Seleção

Renato já afirmou que a Seleção Brasileira está “muito bem servida com o Tite”, mas que o seu objetivo é chegar um dia à Seleção. “Um treinador vai para a seleção ganhando títulos importantes e fazendo grandes trabalhos. Não tenho pressa, mas sei que minha hora vai chegar. Não posso me acomodar. Quero estar sempre ganhando. Quero ganhar até nos dois toques. Isso nasceu comigo”, relatou recentemente o treinador.

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