Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 22 de abril de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Contagem regressiva: faltam 10 dias para o depoimento do ex-presidente Lula ao juiz Sérgio Moro. Até lá, muita lenha seca continuará sendo jogada na fogueira.
A transformação da Braskem em líder da indústria petroquímica do País, envolvendo negociações entre o grupo Odebrecht e o governo Lula, revelada ontem, faz elevar as chamas. É o que consta dos depoimentos de Emilio Odebrecht e de Carlos Fadigas. O objetivo era sufocar a expansão da Petrobras, estatal símbolo da soberania nacional.
Se não fosse suficiente, o Ministério Público Federal incluiu novos documentos no processo que apura se o Grupo OAS pagou propina a Lula por meio da reserva e reforma do apartamento triplex em Guarujá.
Pior do que tudo isso para Lula deverão ser as declarações que Antônio Palocci se dispôs a fazer ao juiz Moro.
ATRASO
Já ganhou a sigla de ODE (Observatório de Outros Estados) e funciona diariamente. Um assessor do Executivo monitora o que acontece além do rio Mampituba. A mais recente informação: o governo do Rio de Janeiro voltou a romper o acordo e não repassou os duodécimos de abril ao Tribunal de Justiça e ao Ministério Público. Normalmente, ocorre até o dia 20 de cada mês, por determinação do Supremo Tribunal Federal. Sem dinheiro, o governador Luiz Fernando Pezão pediu prazo de 25 dias. Pode ir preso por isso.
ESTÁ SOBRANDO
A Câmara dos Deputados contratou por 228 mil reais, na semana passada, empresa para prestar serviços por 12 meses, que incluem o fornecimento de almoço e jantar. A justificativa é ter o que oferecer a convidados em eventos institucionais. Em outros países, visitantes não vão ao Legislativo para encher a barriga.
TEMER ATRAPALHOU FHC
A 23 de abril de 1997, o governo federal sofreu a primeira derrota durante a votação da reforma administrativa. Faltaram dez votos para que fosse extinto o organograma jurídico único e criado novo plano de carreira e salários para o funcionalismo público. A culpa foi atribuída ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, que encerrou a votação quando apenas 448 dos 513 deputados federais tinham feito registro no placar eletrônico.
PERCEPÇÃO
O jornal El País, de Madri, em abril de 2002, deu amplo espaço para comentar o começo da campanha presidencial no Brasil. Um trecho:
“O apoio de José Sarney a Luiz Inácio Lula da Silva subverte a lógica de que a política é a arte do possível, pois o Brasil demonstra que pode ser também a arte do que parecia ser impossível.”
CASTIGO
O aprendizado que deverá ficar da Lava-Jato: o crime na gestão pública tem custo.
NOVA ETAPA
O pânico entre tesoureiros de partidos é tão grande que antecipam: não haverá a tradicional sobra de campanha, mas falta de campanha.
PELA SARJETA
Partidos envolvidos na Lava-Jato acumulam roupa suja. Quando começar a lavagem, água e o sabão em pó vão inundar muito.
AVANÇO E RECUO
O governo Temer comprovou que é especialista em pôr o bode na sala: aos poucos, começa a recuar nas exigências da reforma da Previdência.
DESCENDO DO PALANQUE
As novas gestões em prefeituras completarão quatro meses. Só falta tornar realidade a fantasia eleitoral.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.