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Brasil Réu em sete processos por corrupção, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, negou ter recebido propina, mas admitiu o uso de dinheiro de caixa dois para comprar artigos pessoais de luxo

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Investigações comprovam que as despesas pessoais de Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, chegavam a 4 milhões de reais mensalmente. (Foto: AE)

Em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) admitiu ter utilizado recursos provenientes de caixa dois eleitoral para adquirir objetos pessoais para ele e para sua esposa, Adriana Ancelmo. O peemedebista está preso desde novembro do ano passado.

De acordo com informações publicadas pelo jornal “Folha de S.Paulo”, Cabral negou em seu depoimento ter recebido propina referente às obras de construção do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), ao contrário do que havia sido denunciado por executivos da empreiteira Andrade Gutierrez.

Por outro lado, o peemedebista teria admitido a utilização de “sobras de caixa dois” de campanhas eleitorais para a compra de itens de luxo. O ex-governador tentou eximir a responsabilidade de Adriana Ancelmo nas irregularidades, mas admitiu que alguns dos produtos adquiridos eram escolhidos pela mulher.

Sérgio Cabral afirmou que o uso de caixa dois em campanhas eleitorais é prática corriqueira na política brasileira. “É um fato real na vida nacional. Reconheço esse erro”, afirmou o peemedebista ao juiz Sérgio Moro. Segundo informações do “Jornal Nacional”, o ex-governador respondeu somente às perguntas feitas pelos seus advogados de defesa.

A ex-primeira-dama Adriana Ancelmo, que está em prisão domiciliar, confirmou a Sérgio Moro que escolheu alguns dos itens que, segundo as investigações, foram comprados com recursos oriundos de caixa dois. “As escolhas foram feitas por mim e os pagamentos feitos pelo Sérgio [Cabral]”, afirmou.

Processos

Sérgio Cabral é réu em sete ações judiciais que apuram desvio de recursos durante os dois mandatos em que ele esteve à frente do governo do Rio de Janeiro , entre 2007 e 2014. Segundo a força-tarefa da Lava Jato, ele teria chefiado um esquema responsável por desvios de R$ 224 milhões  em contratos de grandes obras no Estado.

O MPF (Ministério Público Federal) acrescenta que o ex-governador cobrava uma “mesada” de empreiteiras em troca de contratos de grandes obras, como a modernização do Maracanã, o Arco Metropolitano e o PAC Favelas, que tiveram as licitações fraudadas, conforme explicou o procurador do MPF-RJ Lauro Coelho Junior. O procurador do MPF-RJ Lauro Coelho Junior diz que 5% dos valores dos contratos ficavam com o peemedebista.

O depoimento desta quinta-feira foi o primeiro de Sérgio Cabral à Justiça em processos referentes às investigações da Operação Lava Jato. (AE)

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