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Mundo Reunidos na ONU, mais de 100 líderes mundiais desafiaram Donald Trump, votando contra a decisão do presidente norte-americano que reconheceu Jerusalém como capital de Israel

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A Assembleia-Geral reiterou que o status de Jerusalém é uma questão a ser resolvida em negociações de paz. (Foto: Reprodução)

Por 128 votos a favor, nove contra e 35 abstenções, a maioria dos Estados-membros da ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou nessa quinta-feira uma resolução que rejeita a decisão do presidente norte-americano Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

No texto, apreciado em sessão de emergência, a Assembleia-Geral reafirmou que o status de Jerusalém é uma questão que deve ser resolvida por meio de negociações de paz. Além disso, frisou que qualquer decisão contrária não possui efeito legal e deve ser rescindida.

Diferentemente do Conselho de Segurança da ONU, nenhum país-membro das Nações Unidas tem poder veto na Assembleia-Geral, cujas resoluções não são vinculativas, mas mensagens de peso político.

Uma porta-voz do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, elogiou a decisão da ONU e afirmou que ela representa uma vitória para os palestinos. “Continuaremos nossos esforços nas Nações Unidas para acabar com a ocupação e criar o Estado palestino”, acrescentou.

No dia 6 deste mês, Trump reconheceu Jerusalém como a capital de Israel. Com isso, ele rompeu um consenso internacional e desencadeou protestos no mundo muçulmano. Em seguida, vieram ondas de apelos às Nações Unidas. Além disso, políticos aproveitaram e foram a público defender suas causas.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aproveitou para pressionar os países europeus a seguirem o exemplo dado por Trump. Já o governo da Turquia incentivou os países muçulmanos a declararem Jerusalém Oriental como capital palestina. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, prometeu abrir uma embaixada da Turquia no lado oriental da cidade sagrada.

Antes da reunião da Assembleia-Geral da ONU, Trump advertiu que Washington observaria atentamente como os países iriam votar, sugerindo que poderia até haver represálias. “Eles tomam centenas de milhões de dólares – e até bilhões de dólares – e depois votam contra nós”, disse Trump. “Bem, estamos assistindo a estes votos. Deixe que votem contra nós. Iremos economizar bastante. Não nos importa.”

Veto

Na última segunda-feira, os Estados Unidos vetaram uma resolução apoiada por 14 países no Conselho de Segurança da ONU, que solicitava que Washington voltasse atrás em seu reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel e na decisão de mudar sua embaixada para essa cidade.

Apresentada pelo Egito, a resolução recebeu o apoio inclusive de tradicionais aliados americanos, como Reino Unido, França e Japão. O texto pedia que fosse rescindida qualquer decisão contrária ao estabelecido pelas Nações Unidas em relação a Jerusalém e solicitava que os países evitassem estabelecer missões diplomáticas na cidade.

A resolução lamentava as “recentes decisões” sobre o status da cidade, em referência à decisão de Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel. “Nenhum país vai dizer aos Estados Unidos onde podemos colocar nossa embaixada”, disse a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, após usar pela primeira vez o seu direito de veto desde que assumiu o cargo.

Ela alegou que a medida de Trump sobre Jerusalém é uma decisão soberana de seu país e insistiu que o movimento não prejudica em nada o processo de paz no Oriente Médio, que está travado há anos. “O que vimos no Conselho de Segurança é um insulto e não será esquecido”.

Esse foi o primeiro veto do governo Trump no Conselho de Segurança. A última vez que a Casa Branca tinha utilizado o poder de bloquear decisões contrárias aos interesses no principal órgão de decisão da ONU foi em 2011. Além dos EUA, o Reino Unido, a China, a França e a Rússia possuem o poder de vetar resoluções do Conselho de Segurança.

Cidade disputada

O status de Jerusalém é uma das questões centrais no conflito entre israelenses e palestinos. Israel capturou a parte oriental, predominantemente árabe, da cidade sagrada durante a Guerra dos Seis Dias (1967). A sua reivindicação para toda a cidade, a qual Israel vê como a antiga capital do povo judeu, nunca foi reconhecida internacionalmente.

Israel considera a Cidade Sagrada a sua capital “eterna e indivisível”, enquanto os palestinos defendem que a porção leste de Jerusalém deve ser a capital de seu almejado Estado, sendo este um dos maiores desentendimentos entre as duas partes.

As Nações Unidas estabelecem que o status de Jerusalém deve ser definido em negociações entre israelenses e palestinos, razão pela qual os países com representação diplomática em Israel têm suas embaixadas em Tel Aviv e imediações.

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