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Brasil Revista Playboy não vai mais publicar fotos de mulheres nuas

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Decisão foi tomada devido à concorrência de sites pornográficos (Foto: Reprodução)

No mês passado, Cory Jones, um dos principais editores da revista Playboy, foi visitar seu fundador, Hugh Hefner, na Playboy Mansion. Jones nervosamente apresentou uma sugestão radical: a de que a revista pioneira na revolução que ajudou a transformar o sexo de algo furtivo em presença ubíqua na vida dos Estados Unidos parasse de publicar imagens de mulheres nuas. Hefner que ainda consta do expediente como editor-chefe, concordou. Como parte de uma reformulação que chegará às bancas em março, a edição em papel de Playboy continuará a mostrar mulheres em poses provocantes. Mas elas não estarão mais nuas.
Os executivos da revista admitem que ela foi deixada para trás pelas mudanças que ajudou a liderar. “Aquela batalha foi travada e vencida”, diz Scott Flanders, o presidente-executivo da companhia. “Agora, as pessoas estão a um clique de qualquer ato sexual concebível, e de graça. Ou seja, a coisa se tornou obsoleta, a esta altura.”
Para uma geração de homens dos Estados Unidos, ler Playboy era um rito cultural, um prazer ilícito consumado à luz de lanternas. Agora, todo adolescente tem um celular dotado de conexão à internet. Revistas pornográficas, mesmo as estabelecidas como Playboy, perderam seu valor de choque, seu valor comercial e sua relevância cultural.
Sua edição de maior sucesso, a de setembro de 1972, vendeu 7 milhões de cópias. A circulação de Playboy caiu de 5,6 milhões de exemplares, em 1975, para cerca de 800 mil agora, de acordo com a Aliança de Mídia Auditada.

Conforme pesquisas da revista, o logotipo da Playboy é um dos mais reconhecíveis do planeta, em companhia dos logotipos da Apple e Nike.
Desta vez, enquanto a revista busca concorrer com veículos novos como a Vice, diz Flanders, ela tentará responder a uma pergunta crucial: “Sem a nudez, o que resta?”

Quando Hefner criou a Playboy, que trazia Marilyn Monroe na capa de sua primeira edição, em 1953, ele o fez para satisfazer a si mesmo. “Se você é homem e tem entre 8 e 80 anos, Playboy é para você”, ele declarou em sua primeira carta aos leitores. Mas se a nudez for tirada da revista, o que restará?
Reformulação.
A mais recente reformulação, 62 anos depois do lançamento, é mais pragmática. A revista já havia tornado parte de seu conteúdo seguro para leitura no trabalho, disse Flanders, a fim de ser admitida em plataformas de mídia social como Facebook, Instagram e Twitter, fontes vitais de tráfego na web.
Em agosto do ano passado, o site da revista deixou de publicar fotos de nudez. Como resultado, executivos da revista afirmam que a idade média dos visitantes caiu de 47 anos para pouco mais de 30, e seu tráfego saltou de 4 milhões para quase 16 milhões de visitantes únicos por mês.

A revista também adotará estilo mais enxuto e moderno. Continuará a haver uma coelhinha do mês, mas as fotos terão classificação PG-13 (adequadas para menores a partir dos 13 anos, sob orientação de seus responsáveis), e serão menos produzidas – se assemelharão mais às seções provocantes do Instagram.

Playboy manterá sua tradição de jornalismo investigativo, entrevistas longas e publicação de literatura. A audiência alvo, segundo Flanders, serão os homens jovens e urbanos.

Flanders e Jones consideram que a revista se mantém relevante, especialmente porque o mundo gradualmente adotou as posições libertárias de Hefner sobre uma série de questões sociais.

“Não tenha dúvida”, disse Jones sobre a decisão de abandonar a nudez, “que o meu eu de 12 anos de idade está muito zangado com o meu eu adulto. Mas é a coisa certa a fazer”.

Playboy, revista lançada em 1953 com uma capa sexy de Marilyn Monroe (Foto: Reprodução)

Revista foi lançada em 1953 com uma capa
sexy de Marilyn Monroe (Foto: Reprodução)

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https://www.osul.com.br/revista-playboy-nao-vai-mais-publicar-fotos-de-mulheres-nuas/ Revista Playboy não vai mais publicar fotos de mulheres nuas 2015-10-13
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