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Economia Risco internacional afeta o preço da gasolina

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A Petrobras anunciou um aumento de 3,5% no preço da gasolina nas refinarias. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A Petrobras anunciou um aumento de 3,5% no preço da gasolina nas refinarias, depois que o custo do barril de petróleo no mercado externo registrou alta de 14,61% no início da semana, cotado a US$ 69,02 – em decorrência de um ataque a instalações de uma petroleira da Arábia Saudita, que é uma das maiores produtoras do mundo. O preço acabou caindo dias depois, fechando a US$ 64,61, na sexta-feira. Mas a instabilidade gerada pelo medo de novos ataques pode fazer os preços oscilarem. E isso tem um impacto direto no custo da gasolina vendida no Brasil. As alternativas, neste caso, podem ser o etanol e o Gás Natural Veicular (GNV). As informações são do jornal Extra.

O preço do petróleo sempre teve o risco geopolítico, que parece ter voltado. A Petrobras fez certo ao esperar o preço do barril se normalizar e elevar o preço. Agora, precisamos ficar atentos ao que acontece no Oriente Médio. Novas tensões podem fazer o valor subir. A normalização do mercado pode fazer cair novamente”, afirmou Adriano Pires, especialista em petróleo e diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE).

Por enquanto, o impacto do reajuste de 3,5% nas refinarias não seria tão alto nas bombas. Técnicos do setor de combustíveis estimam um repasse aos consumidores de 0,9%, ou seja, de R$ 0,043 por litro, no Estado do Rio de Janeiro.

Para Maurício Canêdo, professor da FGV EPGE, o mercado pode aumentar os preços se houver um risco maior. No cenário de maior instabilidade, o consumidor que puder escolher outros combustíveis pode sair em vantagem: “O etanol e o GNV se tornam mais competitivos em momentos de pico da gasolina, porque têm uma precificação mais estável.”

Quem tem carro flex pode fazer a escolha entre etanol e gasolina. Segundo uma pesquisa feita pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, os veículos que aceitam os dois combustíveis representam 67% da frota circulante no país. Os especialistas alertam que cada carro tem uma eficiência em relação ao etanol, mas, em geral, quando o preço do álcool corresponde a 70% do custo da gasolina, ele é mais vantajoso. Já quem quer apostar no GNV precisa calcular os custos de instalação do kit-gás, projetando os ganhos mais a longo prazo.

Etanol e GNV

O preço do etanol deve permanecer estável até o fim do ano, apesar do aumento no custo da gasolina, que, sempre que sobe, faz crescer a demanda pelo álcool. Isso porque neste ano a oferta do combustível está alta no mercado, baixando os valores.

Houve uma produção de cana acima do esperado neste ano, e cerca de 65% será para o etanol, já que os preços do açúcar estão em baixa e não estão compensando para o produtor”, afirma Frederico Paes, presidente do Sindicato da Indústria Sucroenergética do Estado do Rio de Janeiro.

Com essa dinâmica de preços, o etanol tem tido preços mais estáveis e sido mais vantajoso os para motoristas. Já para quem anda muitos quilômetros por dia o GNV é uma boa opção, e cujos preços dependem mais das distribuidoras estaduais, e menos do preço da gasolina e do petróleo.

São essas as opções que Alfredo Cardoso da Silva, de 52 anos, passou a utilizar, desde que começou a trabalhar como motorista de Uber: “Uso GNV e, em último caso, álcool. É muito mais econômico. Trabalhar com transporte utilizando gasolina é inviável”, explica.

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https://www.osul.com.br/risco-internacional-afeta-o-preco-da-gasolina/ Risco internacional afeta o preço da gasolina 2019-09-23
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