Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de junho de 2018
Com menos de 1% nas pesquisas de intenção de voto ao Palácio do Planalto, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem conversado com aliados sobre a possibilidade de abrir mão da disputa à Presidência da República. Ele até já estaria se preparando com o argumento para a desistência e estaria se articulando em busca de apoio para se reeleger ao comando da Casa na próxima legislatura.
O presidente da Câmara tem defendido um novo polo de poder, distante do PSDB — parceiro histórico — e do MDB. Há cerca de um mês, o deputado intensificou negociação com partidos de centro. Entre eles, PP, PRB e SD, a fim de que marchem juntos na campanha. Com a entrada do PR no bloco, o parlamentar passou a ser um dos principais entusiastas da aliança dessas legendas em torno da candidatura do empresário mineiro Josué Gomes (PR), dono da Coteminas e filho do ex-vice-presidente José Alencar.
Maia e aliados não descartam uma composição com o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), mas têm feito acenos a outros presidenciáveis. Entre eles, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). A avaliação dos dirigentes dessas legendas de centro é de que não se pode descartar o potencial eleitoral do pedetista.
Entretanto, neste sábado, durante encontro do DEM no Rio de Janeiro, Rodrigo Maia não anunciou a sua desistência, mas discursou em prol de uma nova forma de fazer política, jogando fora as velhas práticas do “toma lá, dá cá”.
O presidente da Câmara dos Deputados lembrou que durante o movimento grevista dos caminhoneiros, o País viver um dos piores momentos da sua democracia, desde a redemocratização.
“Nós não podemos de forma alguma, por vontades pessoais ou interesses de alguns, colocar em risco a nossa democracia, no processo eleitoral”, destacou Maia. “Acima de qualquer pretensão eleitoral está o nosso País. Acima de qualquer pretensão eleitoral, está o presidente da Câmara cumprindo seu papel para que o Brasil chegue firme nas eleições 2018”, completou.
Maia destacou que tem o compromisso de continuar liderando a pré-campanha até o final de julho. “Mas mais do que a pré-candidatura, o meu compromisso nas próximas semanas é com a agenda da Câmara dos Deputados. Vamos aprovar projetos para garantir ao próximo presidente as condições mínimas para governar o Brasil nos primeiros três meses de 2019. Esse é meu compromisso”, declarou Rodrigo Maia em discurso aos correligionários do Democratas.