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Geral Ronaldinho Gaúcho depõe em investigação sobre suposta pirâmide financeira

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A 18k, empresa que usa a imagem do ex-jogador, teria oferecido investimento em criptomoedas com rendimento diário de 0 a 2% ao dia. (Foto: 18k Ronaldinho/Reprodução)

Uma empresa que leva o nome do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho é investigada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP) por causa de denúncia de crime contra a economia popular conhecido como pirâmide financeira. As informações são da revista Época.

O mecanismo de pirâmide financeira consiste em oferecer remuneração a investidores com a indicação de novos membros para o negócio. Cada cliente paga uma taxa para começar o investimento. O esquema fraudulento atrai interessados com a promessa de altos ganhos financeiros em curto espaço de tempo.

A 18k, empresa que usa a imagem do ex-jogador, teria oferecido investimento em criptomoedas com rendimento diário de 0 a 2% ao dia. Ronaldinho esteve no MPE-SP, em Barueri, para depor na semana passada.

“O Ronaldinho foi convidado como testemunha para se manifestar no inquérito. Como testemunha, prestou as informações que lhe foram solicitadas. O problema é o eventual crime praticado pela empresa. O Ronaldo não tem nada a ver com essa suposta prática de pirâmide financeira”, afirmou Sérgio Queiroz, advogado de Ronaldinho.

Segundo ele, Ronaldinho Gaúcho assinou em 2016 um contrato com a 18k Watch para a venda de relógios. Posteriormente, houve assinatura de novo contrato para a venda de produtos em geral, que não concorressem com a Nike, empresa que tem Ronaldinho como um de seus embaixadores.

“Nas últimas semanas começaram a dizer que esse pessoal estava oferecendo remuneração para terceiros. Fomos vendo o que eles estavam fazendo, notificamos e rescindimos o contrato”, diz Queiroz.

A 18k Ronaldinho rebate a visão do advogado de Ronaldinho Gaúcho.

“A empresa reitera que não utiliza capital de terceiros em suas operações e que não trabalha com investimentos. Todas as operações da empresa são feitas com capital próprio auferido na venda de produtos. Os bônus distribuídos constituem mera liberalidade da empresa para bonificar sua rede, conforme expressamente constante em contrato. A empresa bonifica com base em seus próprios resultados, sistemática normal de mercado, a exemplo dos sistemas de cash back, sistemas de pontos e milhas de fidelidade, pontuação de cartões de crédito, etc.”, afirma Gabriel Villarreal, advogado da 18k Ronaldinho.

Apesar de não utilizar mais a imagem do jogador, a 18k Ronaldinho ainda faz referência ao craque em seu site oficial.

A investigação começou no Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) a partir de denúncia de cliente lesado. O MPF-SP, porém, declinou de seguir com a ação repassando-a ao MPE-SP. No meio jurídico, isso acontece quando o órgão decide que não é de sua competência investigar determinada contravenção, como seria o caso de crime contra a economia popular.

No MPE-SP, o tema é investigado pelo procurador Marcos Mendes Lyra. Procurada, a promotoria admitiu que o inquérito está sob sua alçada. “Há um procedimento de investigação preliminar para apurar uma reclamação sobre empresa de pirâmide, envolvendo a 18k Ronaldinho, em cujo contrato o jogador não figura como sócio”, afirmou o MPE-SP através de sua assessoria de imprensa.

Segundo o órgão, Ronaldinho afirmou que “não tem participação na empresa, tinha um contrato com a fábrica de relógios (18k Watch)”. Agora, a Procuradoria de Justiça de Barueri irá expedir carta precatória para ouvir dois sócios da empresa, Marcelo Lara Marcelino e Rafael Horácio Nunes de Oliveira, que moram no Rio.

Paralelamente, a partir de outra denúncia, a 18k Ronaldinho é investigada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Esse relatório deve chegar ao MPE-SP em até 30 dias.

Ronaldinho Gaúcho também deve participar de audiência pública na Câmara Federal que apura casos de pirâmide financeira a partir de investimentos em criptomoedas como os bitcoins. O convite foi feito pelo deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ). Ainda não há data para essa sessão.

Ribeiro protocolou, na última quarta-feira, pedido de abertura da CPI das criptomoedas. O objetivo é apurar o suposto crime de pirâmide financeira entre empresas que operam com moedas virtuais.

“Recebemos um volume enorme de denúncias de pessoas que foram fraudadas, de empresas que fraudaram o sistema. Foram citadas várias empresas, e a 18k está entre elas”, afirma o deputado.

A 18k Ronaldinho afirma que não é uma investidora. Ela vende relógios, além de outros produtos, e dá um bônus a seus clientes. O investimento pode ter rendimento de 0 a 2% por dia. Ou seja, teoricamente, pode não render nada. Quem procura a empresa, porém, é seduzido pela possibilidade de uma remuneração muito acima da realidade do mercado.

“As operações que a empresa tem com criptoativos faz com dinheiro dela e bonifica a rede com essas operações”, afirma Villarreal.

 

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https://www.osul.com.br/ronaldinho-gaucho-depoe-em-investigacao-sobre-suposta-piramide-financeira/ Ronaldinho Gaúcho depõe em investigação sobre suposta pirâmide financeira 2019-10-17
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