Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 23 de abril de 2015
Rosane Collor – que hoje se chama Rosane Malta, oficialmente –, ex-mulher do presidente Fernando Collor, falou sobre os rituais de magia negra que ela e o ex-marido realizavam quando estavam juntos, dando a entender que Collor a induziu a participar das práticas. Ela disse que ele estava envolvido desde o início de seu casamento em rituais, que inclusive envolviam animais. “Quando casei com ele, ele disse que aquilo era proteção. E eu terminei aceitando”, afirmou.
“No começo era só matança de galinhas, coisas pequenas. Mas depois a gente começou a ir a um sítio, em Arapiraca, longe de Maceió [AL], para ninguém ver. E eram com animais mais pesados. E eu sempre passava muito mal”, relatou a ex-primeira-dama.
Ela também comentou o famoso episódio do ritual contra Silvio Santos, para que ele não se candidatasse à Presidência da República. “Foi pedido um trabalho e aconteceu de ele [Silvio Santos] não ser candidato. A Cecília [mãe de santo], ela fazia trabalho para todos [os adversários]”, revelou Rosane, explicando que Collor acreditava que Silvio Santos seria o único que poderia impedi-lo de ganhar as eleições.
“Até a chegada à Presidência, deu tudo certo [com os rituais]. Inclusive saiu a foto da mãe de santo subindo a rampa do Planalto ao lado do Fernando [na posse, em março de 1990]. Depois, ele começou a deixar a mãe de santo de lado porque estava pedindo coisas que não estavam acontecendo”, relatou Rosane.
Abdelmassih – A ex-primeira-dama falou ainda que, após 22 anos com Collor, saiu do casamento sem nada, passou por várias humilhações e enfrentou um aborto após se submeter a um tratamento de fertilização assistida com Roger Abdelmassih, o médico condenado por estuprar pacientes. “Foi horrível [descobrir seus crimes], foi uma sensação muito estranha, no sentido de que a gente não conhece o ser humano. Eu frequentava a casa do doutor Roger e ele frequentava a minha.”
“Fiz um tratamento e consegui engravidar com o doutor Roger Abdelmassih. Estava grávida de três meses e fiquei com medo de viajar, mas o Fernando insistiu. Fui para Maceió, foi só um dia de trabalho. No pouso de volta a Brasília, teve uma pane, comecei a sangrar. Liguei para o doutor Roger esperando para vir a São Paulo. Depois de 15 dias, naturalmente, eu abortei”, contou.