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Mundo A Rússia acusou os Estados Unidos de treinarem ex-combatentes do Estado Islâmico na Síria

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Estado Islâmico gera conflitos armados e diplomáticos. (Foto: Reprodução)

O chefe do Estado-Maior da Rússia acusou os Estados Unidos de treinarem ex-combatentes do Estado Islâmico na Síria para tentar desestabilizar o país.

As alegações do general Valery Gerasimov, feitas em uma entrevista a um jornal, se concentram em uma base militar dos EUA em Tanf, uma passagem de fronteira estratégica situada em uma estrada síria na divisa com o Iraque no sul da nação.

A Rússia diz que a base é ilegal e que ela e a área ao seu redor se tornaram um “buraco negro” no qual os militantes operam livremente.

Neste ano o Estado Islâmico perdeu quase todo o território que controlava na Síria e no Iraque. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse nesta quarta-feira que a maior parte da batalha contra o Estado Islâmico na Síria terminou, segundo a agência estatal de notícias RIA.

Os EUA dizem que a instalação de Tanf é uma base temporária usada para treinar forças aliadas para combater os extremistas. Washington rejeitou alegações russas semelhantes no passado, dizendo continuar comprometida a aniquilar o grupo e lhe negar qualquer santuário.

Mas Gerasimov disse ao diário Komsomolskaya Pravda nesta quarta-feira que os EUA estão treinando combatentes que são ex-militantes do Estado Islâmico e agora se intitulam Novo Exército Sírio ou usam outros nomes.

Ele afirmou que satélites e drones russos flagraram brigadas de militantes na base norte-americana.

“Eles na verdade estão sendo treinados lá”, disse Gerasimov, acrescentando que também há um grande número de militantes e ex-combatentes do Estado Islâmico em Shadadi, onde disse também existir uma base dos EUA.

“Eles praticamente são o Estado Islâmico, mas depois que trabalham neles eles mudam de aspecto e assumem outro nome. Sua tarefa é desestabilizar a região”.

A Rússia se retirou parcialmente da Síria, mas Gerasimov disse que o fato de Moscou estar mantendo uma base aérea e uma instalação naval no país significa que está bem posicionada para lidar com bolsões de instabilidade se e quando eles emergirem.

Expulsão

A vila de Sheikh Ali, na região de Mossul, no Iraque, foi retomada pelo Exército há um ano, após ser invadida em junho de 2014.

Após declarar em 9 de dezembro a derrota do Estado Islâmico, o governo terá que reconstruir um país abalado por três anos de intensa guerra e retalhado pelo revanchismo e por tensões sociais que ficaram no rastro da facção terrorista agora em declínio.

Dezenas de milhares de militantes (o número ainda é incerto) engrossaram as fileiras do Estado Islâmico, dos quais apenas uma parte morreu na guerra ou cruzou a fronteira.

O governo iraquiano estima haver 20 mil deles ainda no país, e a população se pergunta o que fazer com quem volta e com as famílias cujos membros aderiram à milícia.

A resposta de Sheikh Ali foi rápida: moradores explodiram as casas onde viviam simpatizantes da facção. E militantes foram encontrados mortos em um matagal. Eles teriam decapitado pessoas do vilarejo.

O cenário é mais complexo, porém, na urbana Mossul. Havia cerca de 2 milhões de habitantes nessa cidade quando o EI a conquistou em 2014. Centenas de milhares fugiram, mas já há fluxo de retorno nos últimos meses.

Depois do terror da milícia, a cidade renasceu. A única rua pavimentada pelo EI, batizada de avenida do Califa, agora se chama avenida Dourada e está abarrotada de veículos, apesar dos ataques esporádicos. O trajeto entre a capital curda, Erbil, e Mossul toma pouco mais de duas horas, passando por diversos postos de controle militar, mas o clima da viagem já não é de horror. Os checkpoints foram apelidados de “oi-tchau”, pela rapidez dos soldados que os guardam.

Em uma cidade que testemunhou a decapitação de quem se opusesse ao regime, moradores também tentam entender por que alguns conhecidos foram coniventes.

 

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https://www.osul.com.br/russia-acusa-os-estados-unidos-de-treinarem-ex-combatentes-do-estado-islamico-na-siria/ A Rússia acusou os Estados Unidos de treinarem ex-combatentes do Estado Islâmico na Síria 2017-12-27
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