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Brasil Saiba como comprar na Black Friday dos Estados Unidos e receber no Brasil

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Trabalhadores estão em greve desde 17 de agosto. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Na hora de escolher sites dos Estados Unidos para fazer compras na Black Friday, no dia 23 de novembro, o brasileiro pode ter dificuldades para achar lojas que entreguem no Brasil – ou, no caso encontrem, podem se deparar com uma taxa de R$ 15 por encomenda recolhida pelos Correios desde agosto deste ano.

Uma alternativa para driblar esses obstáculos são serviços de redirecionamento de encomendas. Especialistas alertam, porém, que é preciso examinar com atenção as taxas e impostos para avaliar se a compra vale de fato a pena.

Segundo a pesquisadora da FIA (Fundação Instituto de Administração), Patricia Cotti, nos últimos cinco anos, o movimento de compras em sites internacionais cresceu diante do comportamento de consumo do brasileiro. Ela ainda aponta que durante a Black Friday esse fenômeno costuma se intensificar, já que o Brasil ainda vê os EUA, pioneiros do evento, como referência.

De acordo com a Ebit, consultoria especializada em informações do canal eletrônico, os consumidores brasileiros pretendem gastar mais de R$ 500 em compras online nesta Black Friday. Uma pesquisa desenvolvida pela empresa aponta que somente em 2016, 21,2 milhões de brasileiros compraram US$ 2,4 bilhões em sites estrangeiros de bens de consumo.

No entanto, além das questões já comuns a quem está acostumado a comprar fora, como a taxa de câmbio e o IOF, também passou a vigorar no País desde agosto deste ano a cobrança pelos Correios de uma taxa de R$ 15 por encomenda recebida. Em casos de compras com muitos itens, a loja pode fazer as entregas de forma parcelada – o que encarece o valor final para o consumidor, uma vez que a taxa é cobrada a cada pacote enviado.

A parte financeira pode não ser o único empecilho para as compras da Black Friday nos EUA: muitas lojas não entregam no Brasil. Para ajudar os brasileiros a solucionar esses problemas e manter o País na lista dos compradores, empresas norte-americanas oferecem o serviço de redirecionamento de encomendas. Ao adquirir um pacote de membro, você passa a ter uma caixa postal nos EUA para enviar as suas compras. A companhia contratada recebe os seus pedidos e os encaminha para o seu endereço no Brasil.

Os valores e tipos de serviço variam de acordo com a empresa escolhida e com o peso e dimensão dos pacotes mas, além de enviar as suas encomendas até o Brasil, algumas companhias oferecem serviços extras como enviar fotos dos itens comprados – para se certificar de que os produtos foram enviados corretamente pela loja –, o remanejamento de encomendas – no caso de compras de várias lojas, os seus pedidos são colocados em apenas uma embalagem para gerarem menos taxas e impostos –, além de modificações nos embrulhos das compras, como um empacotamento mais resistente ou até a retirada de materiais dispensáveis que aumentem o peso do pacote.

A maioria dos sites de redirecionamento de encomendas permite que o usuário calcule antecipadamente o valor que será pago pelo transporte, com as taxas alfandegárias, muitas vezes, inclusas. Ainda é possível escolher a transportadora, de acordo com o preço e com o tempo de entrega.

De acordo com a pesquisadora da FIA, o redirecionamento de compras dos EUA é utilizado pelos brasileiros durante todo o ano, na maioria das vezes para compras pessoais, nas quais se pode esperar o prazo de entrega. Além dos eletrônicos, itens de vestuário e moda são os principais comprados nessa modalidade. “É uma questão atrelada ao valor do produto final, varia de produto para produto. Você precisa fazer uma conta do valor da remessa, se vai compensar ou não”, aponta Patricia.

Vale a pena?

Antes de decidir pelo redirecionamento de encomendas, o professor de Finanças da Fundação Getúlio Vargas, Cesar Caselani, diz que é preciso tomar uma série de cuidados ao realizar compras nos EUA durante a euforia da Black Friday. “Tem uma ilusão do valor nominal de um produto em dólar que, quando convertido com impostos, pode ser que não valha a pena assim”.

Além da questão financeira, como o IOF do cartão de crédito e os tributos cobrados pela Receita Federal em cima dos produtos, Caselani chama a atenção para a dificuldade de garantia no caso de alguns itens comprados no mercado internacional. “Nem sempre você pode devolver um produto se não gostar ou se tiver um problema. Não tem Código do Consumidor, a marca que você adquiriu pode não ter representante no País.”

O professor aconselha que, antes da compra, o consumidor faça uma comparação entre os preços brasileiros e norte-americanos. “A vantagem financeira precisa ser muito grande para você jogar as compras para um site internacional ou o produto não ter similar no Brasil”.

 

tags: Brasil

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https://www.osul.com.br/saiba-como-comprar-na-black-friday-dos-estados-unidos-e-receber-no-brasil/ Saiba como comprar na Black Friday dos Estados Unidos e receber no Brasil 2018-11-14
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