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Esporte Saiba como é o passo a passo dos exames antidoping?

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Atleta peruano chegou a ser apresentado à torcida colorada. (Foto: Ricardo Duarte/Internacional)

Um dos assuntos mais polêmicos no mundo do esporte é a prática de exames antidoping, que previnem o uso de substâncias ilícitas e trapaças na prática esportiva. Exemplos de transgressões não faltam: dois dos mais recentes aconteceram no futebol, envolvendo o atacante Paolo Guerrero e o volante Moisés Ribeiro, da Chapecoense.

A discussão segue se aprofundando a cada ano, mas uma dúvida permanece: como funcionam os exames antidoping?  Saiba como funciona todo o processo, desde a coleta de urina até a gestão de resultados.

Seleção dos atletas

Antes de tudo, é necessário que o atleta seja selecionado para se submeter ao exame, que pode acontecer tanto durante quanto fora de competição. A seleção durante torneios é aleatória, mas pode também ocorrer de forma dirigida a qualquer hora ou lugar em períodos sem disputas.

Geralmente, os exames no futebol são realizados durante o andamento de alguma competição, com dois atletas selecionados por time (entretanto, o número é variável de acordo com a federação). A seleção de jogadores fora de competição foi instaurada pela primeira vez no Brasil pela Agência Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) em 2017.

Planejamento e formalidades pré-exame

O planejamento inclui que um agente credenciado se apresente ao atleta selecionado, para que, então, ambos se dirijam à estação de controle de dopagem. Vale ressaltar que o agente em questão acompanha o jogador durante toda a coleta do exame.

Antes que a urina e/ou sangue (no futebol, é apenas urina) sejam coletados, o esportista ouve todos seus direitos e deveres do agente credenciado, assinando uma notificação na seguida. Passada a burocracia, o atleta precisa urinar nu em um pote de coleta diante do agente.

Coleta do material é feita pelos atletas

O conteúdo é dividido pelo atleta em dois frascos, A e B, que são lacrados. Durante todo o exame, é o jogador quem irá manipular a urina coletada,a não ser que opte por pedir ajuda do agente.

Na sequência, o esportista confere e assina um formulário de controle de dopagem, onde ele pode declarar quaisquer substâncias que tenham sido consumidas pelo mesmo num período de sete dias anteriores ao exame.

Envio para análise de amostras

Os potes lacrados são enviados a um laboratório credenciado pela Agência Mundial Antidopagem (WADA) para análise. A amostra A é investigada, mas a B é congelada em um local seguro.

Após a recepção do material coletado, as amostras recebem um código interno no laboratório. Os primeiros critérios a serem medidos pelo controle anti-dopagem são o pH e a densidade da urina.

A aliquotagem é um processo de separação da amostra em pequenas “porções”, mas não é possível detectar todas as substâncias proibidas possíveis em um mesmo exame. A metodologia da triagem é direcionada sempre a um grupo de compostos específico. A urina ainda sofre uma “limpeza” após a triagem, já que muitos compostos não interessam ao laboratório. Os resultados são obtidos após o final deste processo.

Um ponto a ser destacado é que o responsável pela análise jamais conhece a identidade do jogador. Os únicos dados disponíveis são o número da amostra, modalidade esportiva, gênero, federação, data e hora da coleta. O número do material é o mesmo registrado no formulário assinado pelo jogador, o que previne possíveis trocas nos resultados dos exames.

Resultados são enviados a organização responsável

Os resultados são enviados a uma organização antidopagem que é diretamente responsável pela sua gestão. Além disso, a WADA também recebe uma cópia das conclusões atingidas pelo laboratório examinador, garantindo que a integridade do processo seja mantida.

E o que acontece se alguma substância proibida for detectada? Antes de tudo, o laboratório levanta uma suspeita – palavra-chave no processo – e realiza o processo de confirmação, analisando novamente a amostra em questão. Se a presença do composto realmente for confirmada, configura-se um resultado analítico adverso.

Atleta e sua equipe são notificados do resultado e podem solicitar a abertura da contraprova. A amostra B, a partir daí, é descongelada diante de um representante ou do próprio esportista (salvo situações em que o jogador não interesse em acompanhar o processo).

Se a substância proibida também estiver presente na contraprova, o atleta será levado a julgamento. O uso do termo ‘positivo’ no doping só pode ser utilizado após a condenação do esportista, mas é comum que os jogadores sejam suspensos preventivamente antes mesmo do caso chegar ao júri.

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https://www.osul.com.br/saiba-como-e-o-passo-a-passo-dos-exames-antidoping/ Saiba como é o passo a passo dos exames antidoping? 2018-08-24
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