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Mundo Saiba como os países vizinhos têm reagido à chegada de milhares de imigrantes da Venezuela

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Mais de 2 milhões deixaram o país, e a Colômbia é o principal destino. (Foto: Divulgação/Governo da Colômbia)

A onda de êxodo de cidadãos da Venezuela para países vizinhos tem gerado reação não somente no Brasil, onde o governo de Roraima pediu nesta segunda-feira ao STF (Supremo Tribunal Federal) que suspenda temporariamente a imigração na fronteira e que os imigrantes sejam redistribuídos com os outros 26 Estados do País, após venezuelanos serem atacados e expulsos de Pacaraima, na fronteira no extremo norte brasileiro.

Os governos de Colômbia, Peru e Equador também se viram forçados a tomar medidas em relação ao fluxo migratório.

Segundo a ONU, cerca de 2,3 milhões de venezuelanos fugiram do país devido à crise econômica e política que assola a Venezuela. Além do desemprego, eles enfrentam a escassez de alimentos e medicamentos.

No caso do Brasil, a ministra Rosa Weber, do STF, já rejeitou um pedido de Roraima para fechar a fronteira do Estado com a Venezuela ou limitar a entrada de venezuelanos no Brasil, que chegou a causar um bloqueio de cerca de 17 horas.

Estima-se que, em média, 500 venezuelanos entrem no país por aquela fronteira todos os dias.

Colômbia

A Colômbia concedeu a 440 mil imigrantes venezuelanos, no começo do mês de agosto, a permissão para permanecerem no país por dois anos com acesso aos serviços sociais .

O decreto assinado pelo então presidente Juan Manuel Santos contempla 442.462 venezuelanos sem vistos, passaportes carimbados ou outras autorizações para morar na Colômbia que se registraram em um censo recente.

A Colômbia tem recebido a maior parte da migração da Venezuela. O país pediu aos venezuelanos que se registrassem no censo se não tivessem vistos de trabalhou ou turismo, dupla cidadania ou algum outro tipo de permissão formal para permanecerem para poder avaliar a necessidade de oferecer serviços sociais.

No entanto, como o fluxo de entrada de venezuelanos é muito grande, há bastante tensão na fronteira. No começo do ano, estimava-se que cerca de 37 mil pessoas atravessavam a ponte em direção à Colômbia na cidade de Cúcuta, mas o aumento dos controles fronteiriços virou um gargalo insuperável, fazendo com que multidões com milhares de pessoas se formassem à espera de acessar o território colombiano.

Peru

No Peru, o governo anunciou na sexta (17) que passará a exigir a apresentação do passaporte para os cidadãos da Venezuela que desejam entrar no país. Estima-se que 400 mil venezuelanos chegaram ao Peru nos últimos meses.

Segundo o ministro do Interior peruano, Mauro Medina, a exigência do passaporte visa garantir a segurança e possibilitar à polícia um registro adequado, com fotografia e digitais, daqueles que entram no país.

Até agora, venezuelanos podiam atravessar a fronteira peruana apenas com um documento de identidade. Com a crise econômica e política, obter um passaporte na Venezuela pode demorar meses devido à falta de material e trâmites burocráticos.

Medina negou que a medida seja discriminatória. “Não há nenhuma atitude hostil ou de perseguição. Temos que pensar na segurança dos cidadãos e todas as pessoas têm que entender isso”, ressaltou. A exigência do passaporte entra em vigor no dia 25 de agosto.

Segundo dados da Superintendência Peruana de Migração, 80% dos venezuelanos que entram no Peru têm passaporte.

Equador

O anúncio peruano foi feito um dia após o Equador adotar medida semelhante. Quito afirmou que passará a exigir a apresentação de passaporte a todos os estrangeiros que desejam entrar no país.

Ainda assim, no último fim de semana, dezenas de imigrantes venezuelanos tentaram desafiar a regra. Centenas de pessoas desesperadas que viajaram durante dias, a maioria de ônibus mas algumas a pé, foram impedidas de atravessar um posto de verificação próximo de Ipiales, cidade do sudoeste colombiano.

Como a tensão se elevou na cidade montanhosa, imigrantes decidiram enfrentar o risco de detenção e simplesmente cruzaram a fronteira sem portões e pouco vigiada depois de enfrentarem dias gelados na passagem de Rumichaca.

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