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Brasil Saiba como Roberto Campos Neto, o novo presidente do Banco Central, pretende baixar os juros ao consumidor

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Roberto deixou a carreira de sucesso no mercado para conduzir a política monetária do governo Bolsonaro. (Foto: Agência Brasil)

Neto de um dos ícones do liberalismo brasileiro, o economista Roberto Campos Neto fez um discurso diferente de seus antecessores ao assumir o comando do Banco Central. Sua fala não ficou centrada na missão principal da instituição: o controle da inflação. Com o dragão sob controle e os juros no menor patamar da história, o novo chefe do BC preferiu falar sobre tecnologia aos senadores que o sabatinaram na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado no início da semana.

Destacou o efeito que as startups financeiras podem ter no mercado brasileiro. O tema tem a cara do economista de 49 anos que deixou a carreira de sucesso no mercado para conduzir a política monetária do governo Jair Bolsonaro. Ele era o responsável pela tesouraria do Banco Santander nas Américas, o que inclui mercados importantes como o de Nova York.

Nos anos 90, se formou na Universidade da Califórnia. Depois de ser professor assistente por lá, encarou a missão de trabalhar com derivativos no Banco Bozano Simonsen, que pertencia ao ex-ministro da Fazenda Mário Henrique Simonsen. No fim da década, já era Executivo de Renda Fixa Internacional da instituição, que foi comprada pelo Santander. A carreira continuou e ele chegou ao Conselho Executivo mundial do banco em 2010.

Ao contrário do que era esperado, Campos Neto não falou muito sobre temas complicados durante a sabatina no Senado. O economista falou em temas que há muito pouco tempo eram escanteados dentro do Banco Central como cooperativismo de crédito e microcrédito. Ele considera os assuntos importantes para que o Banco Central atinja um objetivo: aumentar a educação financeira da população.

Campos Neto é considerado discreto. O ministro Paulo Guedes era amigo de seu avô, Roberto Campos. Durante a transição de governo, se dizia impressionado com as conversas com ele. “É um garoto muito bom. Vocês vão se surpreender”, repetia o então futuro ministro.

O novo presidente do BC é eloquente. Conseguiu driblar educadamente as poucas críticas que recebeu durante a sabatina. Em um ponto, ele deixou transparecer que ainda é um banqueiro: não foi tão enfático como o antecessor, Ilan Goldfajn, em defender a queda dos juros ao consumidor. Apenas explicou didaticamente que os custos dos bancos brasileiros são os mais altos do mundo.

Isso faz com que as instituições daqui (que cobram 20 pontos percentuais a mais do custo do dinheiro) tenham uma rentabilidade igual a das chilenas (onde o chamado spread bancário é de apenas 2,6 pontos percentuais).

Ele prometeu atacar esses custos na sua gestão. Um dos focos é fazer com que as cobranças não cheguem à Justiça. O BC acha que o Judiciário tende a fazer justiça social ao impedir que os bancos tomem bens que foram dados em garantia de empréstimos. Por isso, Campos Neto quer reforçar o sistema de garantias.

Ele também deve continuar o trabalho de construir uma proposta de para a redução de subsídios. O próximo alvo é o crédito rural. “Não somos contra subsídio. Somos contra falta de transparência. É preciso avaliar para, justamente, botar mais recurso onde for preciso. Nas áreas em desenvolvimento é onde temos de concentrar”, disse o economista quando foi sabatinado.

 

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https://www.osul.com.br/saiba-como-roberto-campos-neto-o-novo-presidente-do-banco-central-pretende-baixar-os-juros-ao-consumidor/ Saiba como Roberto Campos Neto, o novo presidente do Banco Central, pretende baixar os juros ao consumidor 2019-03-03
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