Viagem e Turismo Saiba como sua viagem ao exterior na classe econômica pode ser menos desconfortável

Estar distraído faz o tempo passar mais rápido. Leve algum entretenimento, como um livro, e também use as opções a bordo. Crédito: Reprodução

Não existem milagres na classe econômica. E voar por longas distâncias nessa área do avião significa, muitas vezes, horas de desconforto. Para minimizar os problemas, coloque em prática, ainda antes de embarcar, as recomendações abaixo.
Faça o check-in on-line para escolher o assento de acordo com as suas preferências (janela, para dormir; corredor, para quem vai sempre ao banheiro), e dê uma olhadinha no site seatguru.com. A página aponta as melhores e as piores poltronas, oferece detalhes sobre entretenimento a bordo e tem os comentários dos usuários. Confira.

Vista-se confortavelmente.
Uma viagem de avião longa, em poltronas mais estreitas, demanda roupas e sapatos confortáveis, caso contrário seu corpo vai inchar e deixar tudo ainda mais cansativo. Prefira roupas de fibras naturais (como algodão). Homens: esqueçam paletó e gravata. E as mulheres devem deixar o salto alto para o destino – se forem usar sapatilhas ou sandálias, elas devem levar um par de meias na bagagem de mão, já que faz frio no avião. As companhias oferecem uma manta em voos, mas ela pode não ser suficiente – tenha à disposição uma blusa quentinha. Use echarpe no pescoço. Não ocupa espaço e é sempre um coringa. E só use meias de compressão se forem recomendadas por um médico.

Atenção ao sono.
“Remédio para induzir o sono nem sempre é um bom negócio”, avisa o médico Ricardo Nahas. “Há quem se sinta indisposto o dia inteiro.” Por isso, ele recomenda testar antes do embarque e ver como o corpo reage. Para ficar o mais confortável possível em um espaço exíguo, tente deixar as pernas esticadas. Travesseiro para o pescoço é ótimo (mas lembre que você terá de carregá-lo). Mas dispense os modelos infláveis. E é importante escurecer o ambiente, diz Nahas. “Use máscaras para dormir e coloque uma música para relaxar”, indica. Se não quiser ouvir música, um fone antirruído ajuda.

Entretenha-se.
O tempo passa mais rápido quando você está distraído. Se não quiser dormir, a maioria das companhias aéreas oferece entretenimento de bordo, com variedades de filmes, músicas e até jogos, mas não custa levar seu próprio kit. Baixe filmes, músicas e livros em seus dispositivos móveis e não esqueça de carregar a bateria. Algumas aeronaves têm tomadas e entradas USB acopladas ao sistema de entretenimento, mas uma solução é investir em um carregador portátil. Wi-Fi a bordo já é uma realidade, embora, na maior parte dos casos, os preços sejam altos e não cubram grandes distâncias.

Hidratação e alimentação.
Estar bem hidratado antes e depois do voo é importante, ressalta Nahas. Ele aponta que quem gosta de tomar vinhos ou uísque para relaxar nas alturas não deve esquecer de acompanhar as bebidas com bastante água. Hidratação vale também para a pele: leve um creme para as mãos e para o rosto e deixe no bolso do assento de frente para usar sempre que sentir a pele reclamar do ar rarefeito do avião. Quanto à alimentação, prefira refeições leves antes de embarcar. “O ideal é fracionar a dieta”, observa Nahas. Repare bem: depois do jantar, os comissários costumam deixar bolachinhas e sucos à disposição no fundo da aeronave – uma ótima desculpa para uma caminhada.

Caminhe, alongue, estique.
A cada duas horas, tente levantar e esticar o corpo. Mexa os pés e a panturrilha para favorecer o retorno venoso. Ficar sem se movimentar por um longo período aumenta o risco de trombose e embolias. Quando alguém tem esses sintomas pouco depois de uma viagem longa, os médicos chamam de Síndrome da Classe Econômica. Afinal, quem desenvolve o mal quase sempre viajou na área mais apertada do avião. (AE)

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