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Mundo Saiba o que as alemãs estão fazendo para se precaver da agressão sexual dos estrangeiros

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Mulheres andam com spray de pimenta para tentar conter apreensão. (Foto: Reprodução)

Logo após o Natal de 2015, a assistente contábil brasileira Thais Gatto, 24 anos, ganhou do namorado um presente cada vez mais comum na Alemanha nas últimas duas semanas: um spray de pimenta. “Duas amigas foram seguidas por dois homens que pareciam árabes. Depois disso, comecei a ter medo”, diz Thais, que mora há um ano em Gütersloh, no oeste do país.

Em poucos dias ela vai se mudar para Colônia, a 150 quilômetros dali. A quarta maior cidade alemã (tem mais de 1 milhão de habitantes) foi palco, recentemente, de um incidente que esquentou o debate sobre a questão das centenas de milhares de refugiados que chegaram ao território.

Nas celebrações de Ano-Novo, uma multidão de cerca de 1 mil homens – a maioria de “aparência árabe ou do norte da África” e alcoolizados, segundo relatos – se instalou na praça da catedral. Vários deles assaltaram e agrediram sexualmente centenas de mulheres – sem intervenção efetiva da polícia. “Estrangeiros abordaram a mim e uma amiga, um deles tocou meu ombro, mas saímos logo. Vimos mais grupos, também com aparência árabe e mudamos de lugar várias vezes por medo de assaltos”, diz a brasileira Débora Lima, 30, há um ano em Colônia.

Houve duas denúncias de estupro. Mulheres relataram que tiveram partes íntimas tocadas e roupas rasgadas. Até o momento, são 650 queixas, 45% delas por agressão sexual. Outros incidentes foram registrados em Hamburgo.

Lojistas de Colônia afirmam que, depois dos episódios, os estoques de spray de pimenta foram vendidos em poucas horas. Muitos clientes eram homens que compraram as latas para suas mulheres e filhas. A polícia afirma que desde 1 de janeiro foram feitos 300 pedidos de autorização para a compra de pistolas de pressão (mais fáceis de serem obtidas do que armas comuns), ante 408 em todo o ano passado. Para Thais, nem o spray basta para conter a apreensão. “Meu namorado disse que posso fazer aulas de defesa pessoal para me sentir mais segura. Nunca tinha visto algo assim na Alemanha. Estou com tanto medo desse povo quanto dos neonazistas”, afirmou.

Insatisfação com acolhida aos refugiados.

O incidente colocou mais pressão sobre a chanceler Angela Merkel, que no ano passado anunciou uma política de boas-vindas para refugiados da Síria. No momento, ela enfrenta a insatisfação até de membros do seu partido, a UDC (União Democrática Cristã), que pedem regras mais rígidas para deter o fluxo de refugiados. Em 2015, o país recebeu 1,1 milhão de pedidos de asilo.

“Após um período de política de braços abertos, o tempo acabou mudando o tom. Agora, os temas são expulsões e endurecimento da lei”, afirma Tilman Mayer, cientista político da Universidade de Bonn, que prevê um alto preço político para Angela. “Existe até a possibilidade de que ela seja derrubada depois das eleições estaduais que devem ocorrer ao longo do ano. Temos uma chanceler que não diz que 1 milhão de refugiados já é suficiente.”

Há também um debate sobre a cultura dos refugiados (muitos deles islâmicos) ser compatível com os valores da Alemanha. “Os alemães importaram ingenuamente violência machista, sexismo e antissemitismo”, afirma Alice Schwarzer, fundadora da revista feminista Emma, com sede em Colônia.

Uma pesquisa da rede N24 mostrou que 68% dos alemães veem conexão entre a cultura islâmica ou árabe dos agressores com os ataques. As autoridades alemãs já tomaram medidas para diminuir o ingresso de refugiados, como entrevistas mais detalhadas com os requerentes. (Folhapress)

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