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Mundo Saiba o que está em jogo para o presidente Donald Trump nas eleições legislativas dos Estados Unidos

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Os EUA também ameaçaram taxas de até 100% sobre produtos franceses devido a um imposto sobre serviços digitais. (Foto: Reprodução)

Na maratona de comícios que tem feito para assegurar o controle republicano no Congresso norte-americano, o presidente Donald Trump apela a seus eleitores para que ajam como se seu nome estivesse na cédula que depositarão nas urnas na terça-feira (6).

Trump encara o pleito legislativo como um referendo sobre o seu desempenho na Casa Branca e também como o termômetro para as presidenciais de 2020. Sabe exatamente o tamanho do prejuízo caso seu partido venha perder a maioria em apenas uma das casas, a dois anos do fim do mandato.

E os riscos são concretos, conforme análise de Sandra Cohen, do portal G1. Segundo ela, pesquisas indicam que os democratas têm 80% de chances de conseguir os 23 congressistas necessários para recuperar o controle da Câmara dos Representantes. Mas o Senado, que renovará um terço de suas cadeiras, deverá permanecer com maioria republicana; segundo o site de estatísticas FiveThirtyEight, há apenas 15% de possibilidade de uma vitória democrata.

Se confirmado este prognóstico – Câmara democrata e Senado republicano – o efeito será paralisante para a presidência de Trump. Perder a maioria na Câmara significa, em primeira análise, ter de enfrentar a segunda metade do mandato num estado de impasse permanente, com a agenda republicana bloqueada no Legislativo.

Mas, no caso do atual presidente, há outro agravante. Com o controle da Câmara baixa, democratas teriam poder para iniciar e aprovar um processo de impeachment – um dos motores desta campanha eleitoral. Se a maioria no Senado fosse mantida pelos republicanos, como indicam as previsões, o presidente estaria protegido. O desgaste do processo, contudo, inviabilizaria o governo.

Os dois últimos antecessores de Trump na Casa Branca enfrentaram os dissabores de governar sem o respaldo do Congresso. Barack Obama surfou com o vento a seu favor somente nos dois primeiros anos. Com o controle do Capitólio, conseguiu emplacar, sem dificuldades, a reforma do sistema de saúde, principal programa de seu governo.

Em 2010, o panorama mudou radicalmente, com a acachapante derrota democrata na Câmara, o avanço republicano no Senado, e, como consequência, uma presidência debilitada nos seis anos seguintes.

Quatro anos antes, em 2006, o desgaste provocado por três mil mortos na Guerra do Iraque e pela má gestão da Casa Branca após o furacão Katrina haviam imposto uma derrota republicana nas eleições que ocorreram no meio do segundo mandato do presidente George W. Bush. Democratas recuperaram após 12 anos o controle das duas casas do Congresso.

Embora com maioria republicana na Câmara e no Senado, na primeira etapa de seu governo, Trump não esteve exatamente na zona de conforto: viu naufragar no Capitólio importantes promessas de campanha, como a construção de um muro na fronteira mexicana e a derrubada do Obamacare. E a confirmação do juiz Brett Kavanaugh para a Suprema Corte enfrentou um conturbado processo no Senado.

Por isso, o presidente tenta evitar a todo custo ser atropelado pela chamada onda azul – a cor que simboliza os democratas. Vale-se da boa performance da economia para aguçar divisões raciais, anunciando, sem trégua, ações como o envio de até 15 mil militares para a fronteira mexicana, a extinção da cidadania para filhos de imigrantes nascidos em solo americano e novas sanções ao Irã. Este pacote eleitoreiro, conforme Sandra Cohen, dá a medida da angústia do presidente americano.

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