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Brasil Saiba o que muda no Enem 2017

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Estudantes aguardam início de prova. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Além de ser aplicado em dois domingos (5 e 12 de novembro) pela primeira vez, o Enem (Exame Nacional do Ensino) de 2017 também terá mudanças na divisão das disciplinas. Agora as provas serão separadas basicamente entre ciências humanas e exatas. Professores dão dicas de como reorganizar o tempo e montar suas estratégias para a prova.

No dia 5, os candidatos respondem a questões de linguagens, ciências humanas e redação, com cinco horas e meia de duração. No dia 12, será a vez de matemática e ciências da natureza, com quatro horas e meia de duração.

Nos anos anteriores, a divisão era a seguinte: ciências humanas e ciências da natureza no primeiro dia; e matemática, linguagens e redação, no segundo dia.

Benefícios x prejuízos

Para Ademar Celedônio, diretor de ensino e de inovações educacionais do SAS, pedagogicamente essa divisão atrapalha mais do que ajuda o “cognitivo” do aluno.

“Você coloca ele só para fazer cálculo em um dia e zero cálculo no outro. Da maneira como era antes, o equilíbrio era melhor. Vai ser pior para o aluno que não sabe matemática em um dia e pior para aquele que sabe mais humanas no outro. A regra será igual para todos”, diz Ademar.

Para Edmilson Motta, coordenador geral do Grupo Etapa, as provas ficam mais cansativas, porém, algo que pode ser positivo para os participantes, é que, provavelmente, eles terão mais tempo para a redação. “Do mesmo modo, é razoável acreditar que muitos terão problemas para concluir a prova do segundo dia.” 

Para Motta, no entanto, nos simulados aplicados não foi possível notar alterações perceptíveis de nota quando comparamos com os simulados aplicados no ano passado.

 “Aparentemente, não deve haver alteração significativa no desempenho dos estudantes. A semana de intervalo entre as provas é uma mudança tão positiva que anula os efeitos ruins da nova divisão”, diz Edmilson.

Para Márcio Guedes, coordenador do curso de medicina do Poliedro de São José dos Campos, a nova divisão vai exigir que o aluno tenha mais estratégia. Ele acredita que o novo formato vai criar uma prova mais desafiante e com maior nível de exigência. 

“Esta estrutura de prova exige do aluno diversas habilidades, assim como a capacidade de pensar por horas seguidas, saber ordenar as questões e selecionar sua produção, não perdendo tempo com perguntas que travam, além de alternar entre disciplinas para ter melhor rendimento. Por isso, uma boa estratégia para realizar a prova é fundamental”, afirma.

Estratégias para a prova

Edmilson Motta diz que durante a semana que antecede as provas, os participantes devem fazer as revisões específicas das disciplinas cobradas daquele domingo. Já para Gilberto Alvarez, professor e diretor executivo do Cursinho da Poli, para esta reta final, assim como na semana entre as duas provas, é fundamental que o aluno se preocupe menos com o fato de revisar e absorver o conteúdo, e tente diminuir a ansiedade.

Para a hora da prova, a dica de Motta é fazer mais ou menos metade de cada prova na primeira metade do tempo total do exame.

Márcio Guedes aconselha o aluno a começar a prova pela redação, fazendo um rascunho inicial, e depois seguir para as questões, eliminado as fáceis e isolando as mais complexas. “Na sequência, o estudante pode finalizar a redação e se envolver com as questões que deixou para o fim da prova – sempre sem esquecer de separar o tempo necessário para o preenchimento do gabarito.”

No segundo domingo, segundo ele, estudante poderia, por exemplo, seguir transitando entre um grupo de questões de exatas e um grupo de questões de biológicas, o que o ajudaria a não sobrecarregar o raciocínio.

Abstenções

Gilberto Alvarez, professor e diretor executivo do Cursinho da Poli, acredita que vá haver um aumento do índice de abstenção do segundo dia de provas dos candidatos que acharam que “foram mal” no primeiro dia.
Alvarez reforça que como a primeira prova é da área de humanas os alunos podem criar uma impressão falsa de que ela será mais fácil. “É um preconceito muito presente, de que as provas de humanas são sempre mais fáceis que as provas de exatas, e menos trabalhosas.”

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